sábado, 23 de agosto de 2025

PT define nova executiva nacional com hegemonia da CNB e foco em reeleger Lula

          O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou neste sábado (23) a composição de sua nova Comissão Executiva Nacional, consolidando a predominância da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) nos principais postos de direção. A formação, aprovada durante reunião do Diretório Nacional em Brasília, tem como prioridade a condução da estratégia eleitoral de 2026, com foco declarado na reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sob a presidência do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, a nova executiva reflete o resultado de intensas articulações internas. A CNB, corrente majoritária e base de sustentação histórica de Lula, conquistou 14 dos 26 cargos da executiva (excluindo a presidência), incluindo secretarias estratégicas, vice-presidências e vogais. O restante dos espaços foi distribuído entre correntes menores, em sinal de tentativa de unidade, mas com clara prevalência da CNB.

Para viabilizar sua eleição, Edinho teve de costurar acordos, inclusive mantendo nomes ligados à ex-presidente do partido e atual ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Caso emblemático foi a permanência de Gleide Andrade na Secretaria de Finanças e Planejamento — inicialmente vista com resistência por parte do novo presidente, mas mantida após negociações.

Outro destaque é a presença de cinco mulheres em cargos-chave: Lucinha (Movimentos Populares e Política Setorial), Maria de Jesus, a Claudinha (Nucleação), Vitória Fortuna (Articulação de Políticas Públicas), Tassia Rabelo (Formação) e a própria Gleide Andrade. A representatividade feminina, embora importante, ainda é minoria frente à ocupação masculina dos cinco postos de vice-presidência.

Todos os novos cinco vice-presidentes são homens: Jilmar Tatto, Joaquim Soriano, José Guimarães, Rubens Júnior e Washington Quaquá. A presença de lideranças parlamentares também se faz notar, com a inclusão dos chefes das bancadas do partido no Congresso: Lindbergh Farias (Câmara) e Rogério Carvalho (Senado).

Além da preparação para as eleições municipais de 2024 e gerais de 2026, a nova executiva terá papel central na construção da narrativa política do partido. Entre os desafios, estão a manutenção da base de apoio do governo Lula, o enfrentamento à oposição liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e a atenção às movimentações no cenário internacional, onde a volta de Donald Trump à Casa Branca em 2025 é vista como fator de impacto direto nas relações entre Brasil e Estados Unidos.

Com a nova configuração, o PT busca reafirmar sua coesão interna e garantir condições políticas para sustentar a agenda de Lula no Planalto, mirando, desde já, sua permanência no poder. 

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