Sob a presidência do
ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, a nova executiva reflete o resultado
de intensas articulações internas. A CNB, corrente majoritária e base de
sustentação histórica de Lula, conquistou 14 dos 26 cargos da executiva
(excluindo a presidência), incluindo secretarias estratégicas,
vice-presidências e vogais. O restante dos espaços foi distribuído entre
correntes menores, em sinal de tentativa de unidade, mas com clara prevalência
da CNB.
Para viabilizar sua eleição,
Edinho teve de costurar acordos, inclusive mantendo nomes ligados à
ex-presidente do partido e atual ministra da Secretaria de Relações
Institucionais, Gleisi Hoffmann. Caso emblemático foi a permanência de Gleide
Andrade na Secretaria de Finanças e Planejamento — inicialmente vista com
resistência por parte do novo presidente, mas mantida após negociações.
Outro destaque é a presença
de cinco mulheres em cargos-chave: Lucinha (Movimentos Populares e Política
Setorial), Maria de Jesus, a Claudinha (Nucleação), Vitória Fortuna
(Articulação de Políticas Públicas), Tassia Rabelo (Formação) e a própria Gleide
Andrade. A representatividade feminina, embora importante, ainda é minoria
frente à ocupação masculina dos cinco postos de vice-presidência.
Todos os novos cinco
vice-presidentes são homens: Jilmar Tatto, Joaquim Soriano, José Guimarães,
Rubens Júnior e Washington Quaquá. A presença de lideranças parlamentares
também se faz notar, com a inclusão dos chefes das bancadas do partido no
Congresso: Lindbergh Farias (Câmara) e Rogério Carvalho (Senado).
Além da preparação para as
eleições municipais de 2024 e gerais de 2026, a nova executiva terá papel
central na construção da narrativa política do partido. Entre os desafios,
estão a manutenção da base de apoio do governo Lula, o enfrentamento à oposição
liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e a atenção às movimentações no
cenário internacional, onde a volta de Donald Trump à Casa Branca em 2025 é
vista como fator de impacto direto nas relações entre Brasil e Estados Unidos.
Com a nova configuração, o PT busca reafirmar sua coesão interna e garantir condições políticas para sustentar a agenda de Lula no Planalto, mirando, desde já, sua permanência no poder.
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