sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Prefeito de Garanhuns sanciona lei que cria auxílio-alimentação de R$ 5 mil para si e amplia benefício a vice e secretários

            O prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), sancionou nesta sexta-feira (15) a Lei nº 5.371/2025, instituindo um auxílio-alimentação no valor de R$ 5 mil para o próprio cargo. A medida, publicada no Diário Oficial do município, também garante o pagamento mensal de R$ 2,5 mil ao vice-prefeito, secretários municipais e presidentes de autarquias.

O projeto de lei foi encaminhado pelo Executivo à Câmara Municipal em regime de urgência e passou por duas votações. Aprovado por maioria absoluta, obteve 14 votos favoráveis e três contrários — dos vereadores Ruber Neto, Fernando da Iza e Thiago Paes.

De acordo com a legislação sancionada, o pagamento será mantido inclusive durante férias, licenças legais ou afastamentos para cursos e treinamentos determinados pela gestão. A lei também prevê a possibilidade de reajuste do valor, desde que haja autorização legislativa e disponibilidade orçamentária.

No texto de sanção, o prefeito afirmou que o custo do auxílio será coberto por “dotações orçamentárias próprias” e não comprometerá as finanças do município. Em nota oficial, a Prefeitura argumentou que o benefício tem caráter indenizatório e segue um modelo já adotado por “diversos municípios, estados e órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário”.

Segundo o comunicado, a medida está “dentro dos princípios legais da administração pública” e respeita as previsões do orçamento para 2025. A gestão ainda destacou que a atualização pode ser feita “sem qualquer prejuízo ao orçamento municipal e sem ferir qualquer princípio da Lei de Responsabilidade Fiscal”.

A aprovação do auxílio-alimentação para cargos de alto escalão da administração municipal tende a gerar debates na Câmara e nas redes sociais, especialmente diante do valor estabelecido para o prefeito e do fato de o benefício ser pago mesmo durante afastamentos. O benefício que só chega o prefeito, vice e secretários pode até ser legal, mas é imoral. A oposição já sinaliza que poderá usar o tema como pauta de fiscalização e cobrança nos próximos meses. Resta saber se o Ministério Público vai ficar só assistindo.

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