sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Miguel Coelho descarta aliança com Raquel Lyra, reforça apoio a João Campos e critica inércia do governo

               O ex-prefeito de Petrolina e presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, foi categórico ao negar qualquer possibilidade de aliança política com a governadora Raquel Lyra (PSD) nas eleições futuras. Em entrevista ao videocast Cena Política, do JC Play, nesta sexta-feira (15), Miguel reforçou seu alinhamento com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), apontado como possível candidato ao governo do estado em 2026.

“Ela é a governadora do estado, se ela convidar, nós vamos sentar para conversar para discutir Pernambuco, mas não discutir política. Já ficou muito claro que a governadora fez a opção dela e nós fizemos a nossa. Acreditamos que o melhor caminho é com o prefeito João Campos caso ele seja pré-candidato ao governo”, declarou.

Miguel Coelho também usou a entrevista para criticar a postura do governo de Pernambuco diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros — medida que impacta diretamente a fruticultura do Vale do São Francisco, especialmente uvas e mangas.

“Açúcar é menos mal, porque dá para estocar. Fruta, não. Depois que você colhe, tem de 15 a 25 dias para consumir, senão vira lixo”, explicou. Segundo ele, mais de 20% da produção do Vale é destinada exclusivamente ao mercado americano, e as tarifas representam um impacto superior a R$ 400 milhões na economia pernambucana.

Miguel acusou o governo estadual de “inércia e silêncio” diante da crise, atribuindo toda a responsabilidade ao governo federal. “Já se passaram mais de 30 dias do anúncio e mais de uma semana que a medida está em vigor. O que o governo do estado anunciou até agora? Nada”, criticou, comparando a falta de ações de Pernambuco com as medidas adotadas por estados como Ceará, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro.

Ele ainda questionou a falta de apoio direto aos produtores. “Um governo que diz ter bilhões em caixa não tem a sensibilidade de oferecer qualquer ajuda ao Vale do São Francisco, que pode ter sua safra comprometida?”, indagou.

Na entrevista, Miguel reafirmou que é pré-candidato ao Senado nas eleições de 2026 e que essa é uma prioridade para a direção nacional do União Brasil. “Conta com apoio do nosso presidente nacional, Antônio Rueda, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e de outras lideranças importantes. Mas uma pré-candidatura majoritária não pode representar apenas o interesse de um partido, tem que integrar um projeto político amplo, que represente os anseios da população”, destacou.

O ex-prefeito também ressaltou a força da federação União Progressista — união entre União Brasil e PP —, que considera “a maior força política do Brasil” e apta a alcançar resultados expressivos nas urnas. Entre as metas, estão eleger 8 a 9 deputados federais, conquistar a maior bancada da Assembleia Legislativa com 16 a 17 estaduais e garantir uma vaga no Senado. 

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