“Ela é a governadora
do estado, se ela convidar, nós vamos sentar para conversar para discutir
Pernambuco, mas não discutir política. Já ficou muito claro que a governadora
fez a opção dela e nós fizemos a nossa. Acreditamos que o melhor caminho é com
o prefeito João Campos caso ele seja pré-candidato ao governo”,
declarou.
Miguel Coelho também usou a
entrevista para criticar a postura do governo de Pernambuco diante das tarifas
impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros — medida que impacta
diretamente a fruticultura do Vale do São Francisco, especialmente uvas e
mangas.
“Açúcar é menos mal,
porque dá para estocar. Fruta, não. Depois que você colhe, tem de 15 a 25 dias
para consumir, senão vira lixo”, explicou. Segundo ele, mais
de 20% da produção do Vale é destinada exclusivamente ao mercado americano, e
as tarifas representam um impacto superior a R$ 400 milhões na economia
pernambucana.
Miguel acusou o governo
estadual de “inércia e silêncio” diante da crise, atribuindo toda a
responsabilidade ao governo federal. “Já se passaram mais de 30 dias do
anúncio e mais de uma semana que a medida está em vigor. O que o governo do
estado anunciou até agora? Nada”, criticou, comparando a falta de ações
de Pernambuco com as medidas adotadas por estados como Ceará, Goiás, São Paulo
e Rio de Janeiro.
Ele ainda questionou a falta
de apoio direto aos produtores. “Um governo que diz ter bilhões em caixa
não tem a sensibilidade de oferecer qualquer ajuda ao Vale do São Francisco,
que pode ter sua safra comprometida?”, indagou.
Na entrevista, Miguel
reafirmou que é pré-candidato ao Senado nas eleições de 2026 e que essa é uma
prioridade para a direção nacional do União Brasil. “Conta com apoio do
nosso presidente nacional, Antônio Rueda, do presidente do Senado, Davi
Alcolumbre, e de outras lideranças importantes. Mas uma pré-candidatura
majoritária não pode representar apenas o interesse de um partido, tem que
integrar um projeto político amplo, que represente os anseios da população”,
destacou.
O ex-prefeito também ressaltou a força da federação União Progressista — união entre União Brasil e PP —, que considera “a maior força política do Brasil” e apta a alcançar resultados expressivos nas urnas. Entre as metas, estão eleger 8 a 9 deputados federais, conquistar a maior bancada da Assembleia Legislativa com 16 a 17 estaduais e garantir uma vaga no Senado.
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