A Promotoria requer a cassação
da chapa por abuso de poder político e econômico, com base em um conjunto de
provas que aponta o uso indevido da estrutura pública para favorecer a campanha
dos gestores.
Segundo o MPE, durante a
instrução do processo ficou comprovado que veículos oficiais, o gabinete da
Prefeitura e servidores comissionados ou contratados foram usados em atividades
eleitorais, inclusive durante o expediente. A denúncia também inclui o uso das
redes sociais institucionais da Prefeitura para promover os candidatos, com
recursos públicos.
Entre as provas apresentadas,
constam portarias de nomeação, requerimentos de férias, contratos de veículos,
vídeos de atos políticos, comprovantes de despesas e depoimentos colhidos em
juízo. O promotor eleitoral Marcelo Ribeiro Homem apontou a existência de um
"esquema organizado" para beneficiar a candidatura dos investigados.
Depoimentos de integrantes
da gestão reforçaram as suspeitas. O diretor de comunicação, Paulo Victor
Fernandes, admitiu ter atuado diretamente na campanha, utilizando inclusive o
gabinete do prefeito. Já os servidores Maria Eduarda Vilar e Tiago Manso
apresentaram versões consideradas frágeis pela Promotoria.
Além das irregularidades, o
MPE apontou indícios de fraude documental e falso testemunho, com a suspeita de
que requerimentos de férias foram forjados para justificar ausências durante o
expediente.
O caso aguarda julgamento
pela 45ª Zona Eleitoral de Belo Jardim. Caso as alegações do Ministério Público
sejam acolhidas, os gestores podem ter os diplomas cassados, serem declarados inelegíveis
por oito anos e ainda responder criminalmente pelas condutas.
A ação tramita sob o número 0600476-31.2024.6.17.0045 na Justiça Eleitoral de Pernambuco.
👉 Acompanhe mais notícias e curta nossas
redes sociais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário