quinta-feira, 10 de julho de 2025

Jovem de 18 anos é preso em Cachoeirinha por planejar atentado e compartilhar conteúdos de ódio

                  Em mais uma ação de combate à propagação de ideologias extremistas e à prevenção de crimes de ódio, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na quarta-feira (9) a Operação Aurora Segura, com apoio da Promotoria de Justiça de Cachoeirinha e a partir de informações repassadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Durante a operação, foi cumprido um mandado de prisão e um de busca e apreensão contra um jovem de 18 anos, morador da zona rural de Cachoeirinha, no Agreste do Estado. O investigado é acusado de acessar, produzir e disseminar conteúdo extremista na internet, além de planejar um possível atentado violento.

Segundo o Gaeco, o jovem vinha sendo monitorado por postagens reiteradas de ameaças nas redes sociais e interações com usuários que utilizam linguagem associada a ideologias racistas, antissemitas e violentas. O comportamento do investigado segue o perfil de um “lobo solitário” — expressão utilizada para designar indivíduos que atuam sozinhos, sem vínculo direto com organizações criminosas estruturadas, mas que compartilham das mesmas ideias e práticas.

As investigações indicam que o jovem já demonstrava intenção concreta de executar um atentado, embora ainda não se saiba o local ou data planejada. Entre os alvos potenciais estavam escolas e pessoas em situação de rua, segundo padrões observados em crimes similares no Brasil e no exterior.

Na residência do investigado, foi apreendido um telefone celular, que será periciado para aprofundar as investigações e identificar possíveis cúmplices ou contatos suspeitos. Após ser detido, o jovem foi conduzido à Promotoria de Justiça de Cachoeirinha, onde prestou depoimento, e em seguida foi encaminhado à Delegacia de Belo Jardim, de onde seguirá para audiência de custódia.

O MPPE informou que o caso seguirá sob investigação e que o foco agora é identificar se o jovem mantinha conexões com outras pessoas envolvidas com o extremismo e a propagação do discurso de ódio nas redes sociais.

A operação é fruto de um trabalho conjunto entre MPs de diferentes estados e demonstra a importância da cooperação nacional para rastrear atividades digitais criminosas que podem gerar riscos à segurança pública.

O nome da operação, Aurora Segura, remete à ideia de prevenção e proteção contra a escuridão trazida pela violência motivada por preconceito e intolerância. O MPPE reforça que continuará atuando com rigor no combate a esse tipo de crime, especialmente em um cenário crescente de radicalização online.

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