Internado
em um hospital particular com infecção e lesões nas pernas, Seráfico teria nadado
por aproximadamente três horas após o naufrágio até conseguir alcançar a costa
e ser resgatado por equipes do Corpo de Bombeiros. No barco estavam apenas o
casal e a cadela da advogada. O corpo de Maria Eduarda só foi localizado três
dias depois, na praia de Calhetas.
A
tragédia ocorreu na tarde do sábado (21), mas o caso ganhou novas proporções
após a revelação de que a Polícia Civil cumpriu, no mesmo dia do acidente, um
mandado de busca e apreensão na residência do médico, no bairro da Jaqueira,
Zona Norte do Recife. Foram recolhidos celulares, computadores e outros
dispositivos eletrônicos.
As
investigações, conduzidas sob sigilo, apuram, entre outros pontos, se o médico
possuía habilitação adequada para conduzir a embarcação e se o veleiro estava devidamente
equipado com coletes salva-vidas, cuja ausência pode ter agravado a fatalidade.
Além
do inquérito criminal em curso na esfera policial, a Capitania dos Portos
instaurou um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação
(IAFN), para apurar tecnicamente as circunstâncias do naufrágio.
O
casal estava hospedado em um flat no condomínio de Muro Alto, onde o médico
possui imóvel. O retorno ao Recife estava previsto apenas para o dia seguinte,
mas o passeio marítimo terminou em tragédia.
Familiares,
amigos e colegas da OAB-PE prestaram homenagens à advogada, cuja morte chocou o
meio jurídico e social de Pernambuco. O caso agora aguarda o desdobramento dos
inquéritos e o depoimento do sobrevivente, que poderá esclarecer detalhes ainda
nebulosos sobre o que de fato aconteceu naquele sábado.
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