quinta-feira, 26 de junho de 2025

Tragédia em Suape: namorado de advogada morta em acidente de barco prestará depoimento

                      O caso envolvendo a morte da advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros, de 38 anos, após um trágico acidente de barco em Suape, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, segue sob intensa apuração da Polícia Civil e da Capitania dos Portos de Pernambuco. O namorado dela, o médico urologista Seráfico Pereira Cabral Júnior, de 55 anos, único sobrevivente do naufrágio, deve prestar depoimento na próxima semana, segundo informou nesta quinta-feira (26) seu advogado, Ademar Rigueira.

Internado em um hospital particular com infecção e lesões nas pernas, Seráfico teria nadado por aproximadamente três horas após o naufrágio até conseguir alcançar a costa e ser resgatado por equipes do Corpo de Bombeiros. No barco estavam apenas o casal e a cadela da advogada. O corpo de Maria Eduarda só foi localizado três dias depois, na praia de Calhetas.

A tragédia ocorreu na tarde do sábado (21), mas o caso ganhou novas proporções após a revelação de que a Polícia Civil cumpriu, no mesmo dia do acidente, um mandado de busca e apreensão na residência do médico, no bairro da Jaqueira, Zona Norte do Recife. Foram recolhidos celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos.

As investigações, conduzidas sob sigilo, apuram, entre outros pontos, se o médico possuía habilitação adequada para conduzir a embarcação e se o veleiro estava devidamente equipado com coletes salva-vidas, cuja ausência pode ter agravado a fatalidade.

Além do inquérito criminal em curso na esfera policial, a Capitania dos Portos instaurou um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), para apurar tecnicamente as circunstâncias do naufrágio.

O casal estava hospedado em um flat no condomínio de Muro Alto, onde o médico possui imóvel. O retorno ao Recife estava previsto apenas para o dia seguinte, mas o passeio marítimo terminou em tragédia.

Familiares, amigos e colegas da OAB-PE prestaram homenagens à advogada, cuja morte chocou o meio jurídico e social de Pernambuco. O caso agora aguarda o desdobramento dos inquéritos e o depoimento do sobrevivente, que poderá esclarecer detalhes ainda nebulosos sobre o que de fato aconteceu naquele sábado.


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