segunda-feira, 2 de junho de 2025

Justiça bloqueia R$ 23,8 milhões de investigados por fraudes em benefícios do INSS

            A Justiça Federal em Brasília determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens e ativos financeiros de investigados por fraudes envolvendo descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi proferida pela juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).

De acordo com a AGU, o objetivo da medida é garantir o ressarcimento das vítimas, que foram prejudicadas por descontos indevidos de mensalidades associativas não autorizadas. A decisão atinge duas empresas e seus respectivos sócios, envolvidos em um amplo esquema de apropriação indevida de valores.

As investigações fazem parte da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal, que apura a existência de uma estrutura nacional voltada à cobrança ilícita de contribuições de aposentados e pensionistas, sem autorização prévia. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões tenham sido indevidamente descontados de benefícios entre os anos de 2019 e 2024.

No mês passado, a AGU já havia solicitado o bloqueio de R$ 2,5 bilhões pertencentes a 12 entidades associativas e 60 dirigentes suspeitos de participação no esquema. A juíza determinou o desmembramento do caso em 15 ações distintas, com o objetivo de facilitar a análise e tramitação dos pedidos.

A atuação judicial faz parte de um esforço concentrado de um grupo especial montado pela AGU, voltado à recuperação dos recursos desviados por meio dos descontos ilegais. A iniciativa busca não apenas ressarcir os aposentados lesados, mas também coibir a continuidade de práticas abusivas contra um dos segmentos mais vulneráveis da população brasileira.

A AGU reforçou que continuará atuando em conjunto com os demais órgãos de investigação e controle para garantir que os responsáveis pelas fraudes sejam responsabilizados judicialmente e que os valores desviados retornem aos cofres das vítimas. 

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