domingo, 1 de junho de 2025

João Campos assume presidência nacional do PSB com apoio de Lula e missão de liderar nova geração da esquerda

            Em um momento simbólico e estratégico para a política brasileira, o prefeito do Recife, João Campos, foi oficialmente empossado neste domingo (1º) como presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB). A cerimônia, realizada em Brasília, contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e reuniu lideranças políticas de diferentes correntes, reforçando o peso institucional e o alcance da legenda no cenário nacional.

Aos 31 anos, João Campos representa não apenas uma renovação no PSB, mas também o surgimento de uma nova geração de lideranças progressistas no Brasil. Reeleito prefeito da capital pernambucana com 78% dos votos válidos, João assume o comando de um partido que ocupa a vice-presidência da República com Geraldo Alckmin e comanda dois ministérios no governo federal.

A posse de João também carrega forte carga simbólica. Ele dá continuidade à trajetória de sua família no PSB: o partido já foi presidido por seu pai, Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à presidência da República, morto tragicamente em um acidente aéreo em 2014. Antes dele, o bisavô Miguel Arraes, um dos maiores nomes da história política nordestina, também liderou o partido.

“Hoje é um dia de reafirmação do compromisso com a democracia, com o Brasil profundo e com um projeto de futuro. O PSB tem história, mas também tem juventude, tem coragem e tem responsabilidade com o país”, afirmou João Campos em seu discurso de posse.

Além do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, a cerimônia reuniu autoridades de diferentes esferas do poder. Um dos momentos de maior tensão ocorreu com a chegada do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que foi recebido por militantes com gritos de “sem anistia” — em referência à resistência à concessão de perdão aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Mesmo diante das vaias, Motta elogiou os quadros do PSB, destacou o papel de Alckmin na democracia brasileira e disse que sua presença era um gesto de gratidão à bancada socialista na Câmara dos Deputados.

Já Alckmin agradeceu a presença do presidente Lula, classificando-a como “um gesto incomum e significativo”. “É uma honra ser companheiro de trincheira do presidente Lula na defesa da democracia. O Brasil precisa de união em torno de princípios republicanos”, afirmou o vice-presidente.

Com a posse, João Campos assume a presidência do PSB em um contexto de preparação para as eleições municipais de 2026, mas com olhos voltados também para o próximo ciclo presidencial. Entre os principais desafios da nova gestão estão:

Fortalecer a aliança com o PT, especialmente em torno de um eventual apoio à reeleição de Lula ou à manutenção do projeto progressista no poder;

  • Ampliar a bancada federal socialista, hoje com apenas 14 deputados;
  • Recuperar o governo de Pernambuco, hoje fora das mãos do PSB após quase duas décadas de domínio;
  • Consolidar sua própria imagem como liderança nacional e potencial candidato ao governo do estado.

O novo presidente do PSB afirmou que “o partido precisa ser protagonista na reconstrução do Brasil” e defendeu uma legenda “comprometida com a democracia, a justiça social, a sustentabilidade e a inovação política”. 

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