O veredito foi proferido na noite desta sexta-feira (30/5), no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, após dois dias intensos de julgamento. O Conselho de Sentença, composto por sete jurados, considerou Cupertino culpado por triplo homicídio qualificado, crime considerado hediondo pela legislação brasileira.
A primeira sessão do júri,
realizada na quinta-feira (29/5), teve duração de 11 horas e foi marcada por
depoimentos emocionantes de testemunhas e a oitiva do próprio réu. Durante sua
fala, Paulo Cupertino negou ser o autor dos disparos, em contradição com o
conjunto robusto de provas e depoimentos apresentados pelo Ministério Público
ao longo dos últimos anos.
Na segunda e última sessão,
realizada nesta sexta-feira, a promotoria sustentou que Cupertino premeditou o
crime, motivado por ciúmes e intolerância ao relacionamento entre sua filha e o
jovem ator. A defesa tentou convencer o júri da inexistência de provas diretas,
mas não foi suficiente para abalar a convicção dos jurados.
Relembre o crime - Em uma
tarde de domingo, Rafael Miguel, então com 22 anos, acompanhado de seus pais,
foi até a casa da namorada, Isabela Tibcherani, com o objetivo de conversar com
os familiares dela. Segundo investigações, Cupertino teria surpreendido os três
no portão da residência e efetuado diversos disparos de arma de fogo. As
vítimas morreram no local.
O caso teve ampla
repercussão nacional, tanto pela brutalidade quanto pelo perfil das vítimas.
Rafael Miguel ficou conhecido do grande público ainda na infância, participando
de campanhas publicitárias e depois como um dos protagonistas da novela Chiquititas,
do SBT.
Após o crime, Cupertino
ficou foragido por mais de três anos, sendo incluído na lista dos criminosos
mais procurados do país. Em 2022, foi finalmente localizado e preso em São
Paulo, após uma operação coordenada entre a Polícia Civil e o Ministério
Público.
Desde então, o caso passou por
diversas fases até chegar ao Tribunal do Júri. A condenação de Cupertino marca
o desfecho jurídico de um episódio que, mesmo após anos, continua despertando
indignação e dor na sociedade brasileira.
Paulo Cupertino deverá
cumprir sua pena em regime fechado, sem direito a apelação em liberdade. A
defesa, no entanto, já sinalizou que deve recorrer da sentença. Especialistas
apontam que, apesar disso, as chances de reversão da decisão são mínimas, dada
a contundência do veredicto popular.
Para a família das vítimas, amigos e fãs de Rafael Miguel, a sentença representa um passo importante na busca por justiça — ainda que a dor da perda permaneça irreparável.
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