quinta-feira, 15 de maio de 2025

Ministro Wolney Queiroz e senador Sergio Moro trocam acusações

Brasília – A audiência desta quinta-feira (15) na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal foi marcada por fortes trocas de acusações entre o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). No centro da discussão está o escândalo envolvendo descontos indevidos em aposentadorias pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Convidado para prestar esclarecimentos sobre o caso, o ministro Wolney usou sua fala para lembrar que denúncias sobre as irregularidades já haviam sido feitas em 2020 e questionou diretamente o senador Moro, que na época era ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro.

“Ontem, por exemplo, eu estava assistindo o Jornal Nacional, e teve uma denúncia em 2020. Um servidor denunciou à Polícia Federal que havia descontos indevidos, que havia fraudes. Essas denúncias foram feitas em 2020, senador. Parece que Vossa Excelência era ministro da Justiça nessa época. Vossa Excelência fez alguma coisa para coibir essas fraudes?”, disparou Wolney.

A acusação provocou reação imediata de Moro, que se defendeu dizendo que nunca teve conhecimento do caso enquanto esteve à frente da pasta da Justiça. “Essas informações nunca chegaram a mim”, afirmou. O senador ainda acusou Wolney de “nunca ter feito nada” e de tentar transferir responsabilidades ao invés de apresentar soluções.

Em resposta, o ministro da Previdência foi incisivo ao lembrar que, na hierarquia governamental, caberia sim à pasta da Justiça agir diante de denúncias criminais, como as fraudes no INSS.

“Vossa Excelência, como ministro da Justiça, tinha mais obrigação do que eu. Foi no governo do presidente Lula que nós chamamos a polícia. Foi a atual gestão que acionou as autoridades para investigar esse esquema”, rebateu Wolney.

O escândalo do INSS, que envolve milhares de aposentados que sofreram descontos indevidos por associações e serviços não autorizados, tem sido motivo de grande preocupação no Congresso Nacional e entre os órgãos de controle.

A discussão acalorada entre o ministro e o ex-juiz reforça o peso político do caso, que deve continuar sendo acompanhado de perto por senadores, deputados e órgãos de imprensa. O governo federal já anunciou que está tomando providências para reforçar a fiscalização e melhorar a transparência nos sistemas do INSS.

A expectativa é que a investigação avance e a responsabilização pelos danos causados aos segurados seja devidamente apurada, tanto no campo administrativo quanto criminal. 

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