quinta-feira, 15 de maio de 2025

Ednaldo Rodrigues é afastado novamente da presidência da CBF por decisão judicial

             A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mergulha novamente em uma crise institucional com o segundo afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade, determinado nesta quinta-feira (15) pelo desembargador Gabriel Zefiro, da Justiça do Rio de Janeiro.

A nova reviravolta ocorre após questionamentos sobre a validade de um acordo judicial firmado em janeiro de 2024, que havia encerrado uma disputa anterior sobre a eleição de Ednaldo, realizada em 2022. A polêmica gira em torno da assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da CBF e signatário do acordo, cuja condição de saúde mental foi colocada em dúvida. A suspeita é de que Nunes não teria plenas condições de discernimento no momento da assinatura, o que comprometeria juridicamente o documento e reacende o debate sobre a legalidade da permanência de Ednaldo no cargo.

Com a nova decisão judicial, quem assume interinamente o comando da CBF é o vice-presidente Fernando Sarney, filho do ex-presidente da República José Sarney. Fernando vinha articulando juridicamente para remover Ednaldo da presidência, com diversas petições protocoladas nas últimas semanas.

Segundo a decisão do desembargador Zefiro, Sarney terá a responsabilidade de convocar novas eleições para a presidência da entidade, o que deve acontecer dentro do prazo legal estabelecido no estatuto da CBF. Ainda não há definição sobre o calendário do pleito.

Este é o segundo afastamento de Ednaldo em menos de seis meses. Em dezembro de 2023, ele já havia sido retirado do cargo por outra decisão judicial, mas retornou após o acordo contestado agora na nova ação. O cenário coloca novamente a governança da CBF em xeque, em um momento em que a entidade deveria estar focada na preparação da Seleção Brasileira para a Copa América e na busca por um novo técnico para o comando da equipe principal masculina.

A defesa de Ednaldo Rodrigues ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova decisão. Nos bastidores, fontes ligadas ao dirigente indicam que ele deve recorrer da decisão e tentar uma nova reversão judicial.

Enquanto isso, Fernando Sarney assume a presidência interina com o desafio de garantir a estabilidade institucional e a legalidade do processo eleitoral que se aproxima — em meio a um ambiente de desconfiança, disputas internas e forte pressão por mudanças na gestão do futebol brasileiro. 

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