A manifestação foi assinada
pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que classificou a
publicação como alinhada à narrativa daqueles que “tentaram um golpe de
Estado”, em referência aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
“O enfoque dado na matéria
corresponde mais à narrativa dos que tentaram o golpe de Estado do que ao fato
real de que o Brasil vive uma democracia plena, com Estado de direito, freios e
contrapesos e respeito aos direitos fundamentais”, afirmou o tribunal.
A revista criticou ainda o
julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do STF,
sugerindo que a análise deveria ser feita no plenário. O tribunal respondeu,
reforçando que o rito está em conformidade com o Código de Processo Penal, que
determina a competência das turmas para ações penais contra autoridades.
Barroso também rechaçou a
ideia de afastar Alexandre de Moraes do julgamento de Bolsonaro, justificando
que o ex-presidente já atacou publicamente quase todos os ministros da Corte:
“Se a suposta animosidade em
relação a ele pudesse ser um critério de suspeição, bastaria o réu atacar o
tribunal para não poder ser julgado”, argumentou Barroso.
“O ministro Alexandre de Moraes cumpre com empenho e coragem o seu papel, com o
apoio do tribunal, e não individualmente.”
Quanto à alegada crise de
confiança, o STF recorreu aos dados do instituto Datafolha divulgados em março
de 2024. De acordo com a pesquisa, 21% da população disse confiar muito no
Supremo, 44% afirmaram confiar um pouco, enquanto 30% disseram não confiar.
Para a Corte, esses números
mostram que a maioria da população mantém algum nível de confiança na
instituição.
A nota finaliza destacando
que decisões polêmicas mencionadas pela revista, como a suspensão da rede
social X (antigo Twitter), foram monocráticas apenas em sua origem, mas
posteriormente confirmadas pelo colegiado. A suspensão, segundo o STF, foi
motivada pela ausência de representação legal da empresa no Brasil, e revertida
após a regularização.
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