segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Divisões internas no PT-PE: Teresa Leitão critica aproximação com Raquel Lyra

                  A senadora Teresa Leitão (PT) manifestou-se nesta segunda-feira (20) sobre a divisão interna no PT de Pernambuco em relação à postura do partido diante da governadora Raquel Lyra (PSDB). Enquanto alguns setores do partido cogitam apoiar uma eventual reeleição da tucana em 2026 com suporte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Teresa foi categórica: “O candidato hoje seria João Campos”.

Em entrevista à Rádio Folha, a petista reforçou que a boa relação entre os governos Federal e Estadual é meramente institucional, sem configurar uma aliança política. “A relação é institucional, assim como ocorre com outros estados e cidades do interior”, destacou Teresa, enfatizando que a governadora Raquel Lyra não faz parte da base aliada do governo Lula, apesar de declarações recentes do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que indicavam o contrário.

Críticas à postura de Raquel Lyra

Para a senadora, a declaração de Rui Costa sobre a proximidade entre os governos foi uma posição pessoal. Teresa afirmou que, em temas fundamentais para o PT, a governadora nunca se posicionou favoravelmente. “Politicamente, Raquel é oposição a Lula. Em todos os temas prioritários para o PT, ela nunca esteve ao lado do governo federal”, pontuou.

Teresa Leitão também lembrou que, mesmo que o diretório estadual do PT tome uma decisão de aproximação com a gestão de Raquel Lyra, a aliança nacional – que inclui o PSB – prevalecerá. Nesse contexto, ela defendeu que as bancadas do PT e do Solidariedade atuem de forma oposicionista ao governo estadual, dado que ambos integraram a coalizão liderada por Marília Arraes (SD) nas eleições de 2022.

Relações internas no PT e na gestão municipal

Teresa também comentou sobre as relações internas do PT em Pernambuco, especialmente no que diz respeito à divisão de espaços na Prefeitura do Recife, comandada pelo prefeito João Campos (PSB). Segundo a senadora, o fato de o grupo do senador Humberto Costa estar fora do primeiro escalão da gestão municipal faz parte da conjuntura política.

“Também não ocupei espaços na gestão passada. Essas são circunstâncias que devem ser discutidas internamente. Pernambuco tem hoje dois senadores. Não indiquei Felipe Cury (secretário de Habitação), mas ele é ligado à minha tendência. Oscar Barreto (Meio Ambiente) pertence a outra tendência. O PT está na gestão porque o prefeito dialogou com o partido, comigo, com Humberto”, explicou.

A declaração de Teresa Leitão evidencia as complexidades das articulações internas do PT em Pernambuco, em um momento em que a definição de alianças para as próximas eleições começa a ganhar forma. 

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