segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Especialistas criticam uso de reconhecimento facial no Carnaval de Recife e Olinda

              A tecnologia de reconhecimento facial, que será usada pela primeira vez no Carnaval do Recife e de Olinda, é alvo de críticas entre especialistas da área de segurança pública. Em geral, eles apontam que há falhas e que elas resultam em prisões injustas - principalmente de negros.

Na semana passada, durante a posse do novo comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Ivanildo Torres, o secretário estadual de Defesa Social (SDS), Alessandro Carvalho, afirmou que dois kits com equipamentos de reconhecimento facial chegaram ao Estado no final do ano passado. E que, nos dias oficiais de folia, eles seriam usados para identificar pessoas com mandados de prisão em aberto.

Coordenador adjunto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), no Rio de Janeiro, Pablo Nunes demonstrou preocupação com o uso dessa tecnologia.

"Eu tenho falado que o Carnaval de 2024 será o mais vigiado da história, muito porque o Brasil é o País com o maior Carnaval do mundo e também porque tem avançado de maneira muito forte e agora de maneira sustentável na adoção de novas tecnologias, principalmente reconhecimento facial. Mas isso é preocupante, porque há resultados muito problemáticos não só no Brasil, mas em outras partes do mundo. Não à toa, o reconhecimento facial tem sido banido nos Estados Unidos e parte da Europa", pontuou.

Pablo Nunes destacou que erros nas identificações levaram pessoas inocentes à prisão recentemente.

"A gente teve casos no Rio de Janeiro, onde duas pessoas passaram três dias na prisão exatamente por conta do uso do reconhecimento facial. Pessoas que perderam a sua virada do ano." Do JC Online 

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