A decisão do magistrado
atende a um pedido feito pela PGR, que foi acionada pelo ministro Gilmar Mendes
para se manifestar sobre possíveis crimes cometidos por Carla Zambelli à
ocasião. A procuradoria, então, afirmou ser necessário ouvir a deputada, antes
de decidir sobre a abertura de inquérito para investigá-la.
Embora a decisão de Gilmar
Mendes não tenha estabelecido um prazo para que a PGR escute a parlamentar, o
documento afirma que, caso o depoimento demore a ocorrer, as investigações
deverão seguir à revelia - sem o réu contestar as acusações.
Na publicação que autoriza a
PGR a ouvir Carla Zambelli, o ministro do STF cita que os crimes de porte
ilegal e disparo de arma de fogo podem ser atribuídos a ela. Na decisão, ele
também reforça que os possíveis crimes foram cometidos “no exercício do atual
mandato de parlamentar federal e em razão de discussões políticas relativas às
eleições e ao posicionamento político-partidário da deputada federal”.
A oitiva da deputada na PGR,
segundo o magistrado, poderá ocorrer tanto presencialmente quanto a distância,
por meio de "soluções tecnológicas cabíveis para a colheita do depoimento".
Procurada para comentar a decisão, a deputada não respondeu aos contatos do
Correio. Na última quinta-feira (3), ela declarou ter viajado ao Estados Unidos
para cumprir "agendas pessoais no país".
Filmada no sábado (29), um
dia antes das eleições, em um bairro nobre na zona central de São Paulo, Carla
Zambelli aparece com uma arma de fogo na mão, perseguindo um homem. Próximo
àquele local, ocorria uma manifestação favorável ao então candidato à
presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante a ‘perseguição’,
Zambelli fica próxima ao rapaz, que tentou se refugiar em um bar. Neste
momento, a deputada rende o homem apontando a arma e grita para que ele deite
no chão. Logo após a repercussão, a deputada publicou em suas redes sociais um
vídeo em que descreve o ocorrido.
Segundo ela, um grupo de homens tentou intimidá-la, e um deles a empurrou. Ela diz ter apontado o revólver na intenção de deter o sujeito até a chegada de policiais.
Diante desse caso, a direção do Partido dos Trabalhadores (PT) enviou ao STF uma notícia-crime contra a deputada. Na denúncia, a legenda afirma que Zambelli cometeu crimes de tentativa de homicídio, lesão corporal, racismo, perigo para a vida ou saúde de outrem, além de delito eleitoral. No legislativo, o PT também falou que irá ao Conselho de Ética da Câmara para pedir cassação da parlamentar.
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