Há duas semanas, PT e PSOL
deixaram o caminho aberto para a decisão após, sem declarar apoio formal a
Leite, defender a tese de "nenhum voto" a Onyx. O mesmo gesto foi
repetido na semana passada, com a visita de Lula e Alckmin a Porto Alegre.
"Entendemos que todos
os democratas devem ter como compromisso primeiro a defesa da democracia e o
combate às candidaturas que representam o atraso bolsonarista", diz a nota
assinada por cinco signatários: o presidente do partido no RS Paulo Pimenta, o
deputado estadual e candidato ao Piratini no 1º turno Edegar Pretto, o senador
Paulo Paim e os ex-governadores Tarso Genro e Olívio Dutra.
Edegar, inclusive, destaca
os acontecimentos dos últimos dias envolvendo apoiadores do presidente Jair
Bolsonaro, como Roberto
Jefferson e Bibo
Nunes, para pedir que Leite seja recíproco no gesto.
"Trabalho com o gesto
de estender a mão. Estamos estendendo a mão, porque o rumo que a campanha do
Onyx e do Bolsonaro tomou nos últimos dias não pode deixar ninguém do campo
democrático inerte. Precisamos nos posicionar. Não queremos que esse grau de
ódio que se estabeleceu nos últimos dias prossiga no nosso Brasil. Queremos um
Brasil de paz, e esse é o compromisso do presidente Lula. Tenho minhas
divergências com o Eduardo Leite, mas tem algo que é maior neste momento, que é
a união para defender o Brasil e o Rio Grande", defende Edegar.
O PT gaúcho apressa-se em
distinguir-se, na nota, do programa de Leite para o Piratini. Contudo, ressalta
que espera "com este gesto que todos aqueles comprometidos com a
democracia se unam para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo neste segundo
turno".
"Nossas divergências
com Leite são muitas, e conhecidas pela sociedade gaúcha. Representamos
projetos políticos distintos. As privatizações dos serviços públicos como a
Corsan, o papel do estado, a adesão ao regime de recuperação fiscal, a taxação
dos aposentados e pensionistas são alguns exemplos de temas que nos separam
programaticamente. Mas agora é a hora de defender o Brasil e o Rio Grande da
ameaça representada pelas candidaturas de Bolsonaro e Onyx", conclui.
A nota encerra com um chamamento à militância petista para que, nos próximos sete dias, saia às ruas para reforçar a campanha de Lula na eleição presidencial.
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