
A
Polícia Civil, a Receita Estadual e o Ministério Público de Minas Gerais
cumprem na manhã desta quarta-feira 14 mandados de busca e apreensão e três de
prisão em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e de São Paulo. As
ordens visam empresários ligados à rede de varejo especializada em
eletrodomésticos Ricardo Eletro e são frutos de uma operação contra lavagem de
dinheiro e sonegação fiscal. O fundador da empresa foi preso.
As
autoridades estimam que os empresários tenham sido beneficiados em R$ 387
milhões pelas infrações nos últimos cinco anos. Entre os gestores alvos da
operação está Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro. Parentes do administrador,
como o irmão mais novo, Rodrigo Nunes, e a filha mais velha, Laura Nunes,
também são suspeitos.
"A
empresa já vem omitindo recolhimento de ICMS há quase uma década. Fiscalizamos
há muito tempo, e a partir da decisão do STF de novembro de 2019, onde
apropriação indébita é crime, iniciamos a operação. A empresa declara o débito
que deve, mas não faz os pagamentos. Faz os parcelamentos, mas não
cumpria", disse Antônio de Castro Vaz, superintendente regional da
Fazenda. Há também a suspeita de ocultação de bens por parte dos empresários.
Em
Belo Horizonte, uma residência de luxo no Bairro Belvedere, na Região
Centro-Sul, foi alvo de mandados. Em Contagem, na Região Metropolitana de BH,
no Bairro São Mateus, o centro de distribuição da Ricardo Eletro também foi
visitado pelas autoridades.
A
operação, batizada de “Direto Com o Dono”, também reflete em ordens em Nova
Lima, também na Região Metropolitana, e em duas cidades paulistas: Santo André
e São Paulo. Segundo a Polícia Civil, Ricardo Nunes foi preso em solo
paulistano. Outro suspeito também foi detido em BH, enquanto outro está
foragido. A empresa ainda não se manifestou sobre a operação.
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