O
deputado federal Zeca Cavalcanti (PTB) foi um dos dez votos pernambucanos contrários
ao pedido de urgência da proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16) derrotado
no Plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (18). Foram 230 votos
favoráveis, 163 contrários e uma abstenção, mas eram necessários 257 votos para
aprovar a urgência. O parlamentar trabalhista já tinha se pronunciado contra a
reforma trabalhista enviada pelo Governo durante entrevista em uma rádio de
Arcoverde.
O
requerimento encurtaria os prazos para votação em Plenário, possibilitando sua
análise na próxima quarta-feira. Agora, o projeto precisa seguir os prazos
regimentais na comissão que analisa o tema.
A
rejeição da urgência foi comemorada por deputados da oposição, que gritaram
palavras de ordem e criticaram a proposta. O vice-líder do governo, o deputado
Darcísio Perondi (PMDB-RS) minimizou o resultado.
O
relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) sobre a reforma trabalhista
amplia o poder dos acordos entre patrões e empregados sobre a legislação; faz
ressalvas à recém-aprovada lei sobre terceirização (13.429/17); regulamenta o
teletrabalho; e retira da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a
obrigatoriedade da contribuição sindical para trabalhadores e empregadores.
A
votação foi marcada por quebra-quebra nos arredores do Congresso. Em
determinado instante da sessão deliberativa, deputados trocaram ofensas e, meio
a muita gritaria, quase chegaram às vias de fato. Foi preciso que parlamentares
interviessem para evitar que agressões físicas fosse registradas em plenário.
Os
outros deputados pernambucanos que votaram contra o regime de urgência da
proposta de Lei Trabalhista foram: Creuza Pereira (PSB), Danilo Cabral (PSB),
Gonzaga Patriota (PSB), Kaio Maniçoba (PMDB), Luciana Santos (PCdoB), Pastor
Eurico (PHS), Severino Ninho (PSB), Tadeu Alencar (PSB) e Wolney Queiroz (PDT).