O
deputado Júlio Cavalcanti foi à tribuna da Assembleia para falar sobre a
segurança pública em Pernambuco. “Ou, no caso, a falta dela”, disse o
parlamentar.
Júlio
destacou que na madrugada desta terça-feira (01) aconteceu uma ação de
criminosos na cidade da Pedra – bandidos explodiram um caixa eletrônico do
Bradesco e a agência do Banco do Brasil. Os prejuízos ainda não foram
divulgados, “mas para a população, os prejuízos são imensos. Como sempre, a
falta de segurança rebate no povo”, afirmou o deputado.
“Lá
na pedra, cidade que conheço muito bem, só tem uma viatura policial. Essa viatura
precisa cobrir não apenas a área urbana, mas também a zona rural. O que
acontece é que se há uma ocorrência na zona rural, a cidade fica completamente
desguarnecida. E isso, senhoras e senhores, é um convite para qualquer bandido
que queira agir lá”, destacou.
O
Sindicato dos Bancários informou que o número de crimes contra unidades
bancárias está aumentando no interior do Estado, o que já é uma consequência da
falta de policiamento. “Sem polícia, fica muito mais fácil. É um caos, total e
completo. E eu pergunto mais uma vez: e agora, governador?”, questiona Júlio.
O
deputado aproveitou para se solidarizar com os bancários. “Ser bancário agora
virou profissão de risco”, afirmou. Depois do ocorrido na Pedra, o Sindicato
cobrou uma ação efetiva dos órgãos de segurança de Pernambuco, para que sejam
combatidas as ações criminosas contra agências bancárias no Estado. A entidade
apresentou um novo mapa, que aponta até outubro deste ano o registro de 246
ações violentas em bancos. Os números são os seguintes: 13 assaltos,
cinco sequestros, 28 explosões, 13 arrombamentos, 128 ataques aos terminais de
autoatendimento instalados fora das agências, 18 ataques a agências dos
correios, 36 ações em casas lotéricas e cinco explosões de carros-fortes. “E
vale destacar, ainda, que nas ações, os bandidos levam armas, munição e coletes
dos seguranças. É um total descontrole do Governo do Estado sobre esse
assunto”.
“Não
faz muito tempo que trouxe esse mesmo tema à tribuna. Cobrei medidas para
desmontar essa – ou essas – quadrilhas especializadas que estão agindo no
Estado. E nada foi feito. Ou se foi feito, não foi eficaz”, afirmou.
Júlio
destacou, ainda, que nas várias cidades do interior que foram alvo dos crimes,
a população prejudicada, pois muitos precisam de deslocar para outras cidades
para receber seus proventos. “A agência do Banco do Brasil de Arcoverde, por
exemplo, está sobrecarregada – atendendo às demandas de cinco municípios. O
comércio das cidades atingidas também sofre, por não ter o mesmo giro de dinheiro.
Enfim... é uma reação em cadeia negativa, que gera prejuízo em cima de
prejuízo”, conclui.