quarta-feira, 6 de novembro de 2019

MPF requisita instauração de Inquérito Policial para apurar depoimento do porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro


               O Ministério Público Federal (MPF) requisitou, nesta quarta-feira (6), à Polícia Federal, a instauração de Inquérito Policial para apurar a prática, em tese, dos delitos de obstrução de Justiça, falso testemunho, denunciação caluniosa e do tipo penal previsto no art. 26 da Lei 7.170/1983, praticados em desfavor de autoridade pública federal (presidente da República) no caso do depoimento do porteiro do Condomínio do presidente da República, Jair Bolsonaro.

A medida é consequência do encaminhamento pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, no último dia 30, do ofício 2134/2019/GM, assinado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, à Procuradoria da República no Rio de Janeiro (PR/RJ) em razão da ausência de possíveis investigados com foro por prerrogativa de função no Supremo Tribunal Federal (STF).

A PR/RJ informa que somente se manifestará de forma conclusiva sobre os fatos após a conclusão das investigações. O Inquérito tramitará sob sigilo.

Moradores e funcionários do condomínio de Bolsonaro relatam que é tenso o clima no condomínio Vivendas da Barra, localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Lá, o presidente e o policial militar reformado Ronnie Lessa, suspeito de ter efetuado os disparos, têm casas.

Segundo esses relatos, o porteiro que está no centro do debate que sacode o Brasil nesta semana é um funcionário antigo, com mais de uma década de serviços prestados ao Vivendas da Barra. Ele é tido como alguém “de confiança” e um dos mais idosos em atividade no local. VEJA também confirmou que há, sim, um sistema de interfones que conecta a portaria às mais de 100 casas do condomínio. O protocolo é que o interfone seja usado, e, caso o morador não atenda, um funcionário usa uma bicicleta para ir até a casa.


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