
O
Ministério Público Federal (MPF) requisitou, nesta quarta-feira (6), à Polícia
Federal, a instauração de Inquérito Policial para apurar a prática, em tese,
dos delitos de obstrução de Justiça, falso testemunho, denunciação caluniosa e
do tipo penal previsto no art. 26 da Lei 7.170/1983, praticados em desfavor de
autoridade pública federal (presidente da República) no caso do depoimento do
porteiro do Condomínio do presidente da República, Jair Bolsonaro.
A
medida é consequência do encaminhamento pelo procurador-geral da República,
Augusto Aras, no último dia 30, do ofício 2134/2019/GM, assinado pelo ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, à Procuradoria da República no Rio
de Janeiro (PR/RJ) em razão da ausência de possíveis investigados com foro por
prerrogativa de função no Supremo Tribunal Federal (STF).
A
PR/RJ informa que somente se manifestará de forma conclusiva sobre os fatos
após a conclusão das investigações. O Inquérito tramitará sob sigilo.
Moradores
e funcionários do condomínio de Bolsonaro relatam que é tenso o clima no
condomínio Vivendas da Barra, localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Lá, o presidente e o policial militar reformado Ronnie Lessa, suspeito de ter
efetuado os disparos, têm casas.
Segundo
esses relatos, o porteiro que está no centro do debate que sacode o Brasil
nesta semana é um funcionário antigo, com mais de uma década de serviços
prestados ao Vivendas da Barra. Ele é tido como alguém “de confiança” e um dos
mais idosos em atividade no local. VEJA também confirmou que há, sim, um
sistema de interfones que conecta a portaria às mais de 100 casas do
condomínio. O protocolo é que o interfone seja usado, e, caso o morador não
atenda, um funcionário usa uma bicicleta para ir até a casa.
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