sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Vereador afirma ter recebido R$ 100 mil para votar em candidato à presidência da Câmara

                 Uma denúncia feita ao vivo durante a sessão que definiu a nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Mercês, na Zona da Mata mineira, desencadeou a abertura de um inquérito na Polícia Civil e levou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a acompanhar o caso.

O vereador Marcelio Estevam Teixeira, conhecido como Marcelo Moto Som (Mobiliza), afirmou em plenário que recebeu R$ 100 mil de um empresário da cidade em troca de apoio ao vereador José Ivanio de Oliveira (PSD), candidato indicado para presidir a Casa em 2026.

O episódio foi transmitido pela gravação oficial da Câmara, publicada nas redes sociais do Legislativo. As imagens mostram o parlamentar retirando de uma bolsa uma expressiva quantia em dinheiro, supostamente entregue pelo empresário para direcionar seu voto na sessão realizada na terça-feira (2).

A situação levou a Polícia Militar a ser acionada para apreensão do dinheiro. Logo após o ocorrido, o delegado Arthur Simões, da Polícia Civil de Mercês, instaurou um inquérito para apurar os fatos. O Ministério Público requisitou formalmente a investigação, diante da possível prática de crime de corrupção eleitoral.

Em declaração ao g1, a advogada de Marcelio, Leury Oliveira, informou que o caso já foi registrado pela Polícia Militar e seguirá para os trâmites legais. A reportagem tentou contato com o empresário mencionado na denúncia, Calixto Domingos Neto, dono de um posto de combustíveis na cidade. A ligação foi atendida por outra pessoa, que informou que ele não irá se pronunciar.

A eleição da Mesa Diretora ganhou relevância adicional devido ao cenário político local. O novo presidente da Câmara deverá assumir interinamente a Prefeitura de Mercês, já que o eleito para o cargo, Donizete Calixto (Mobiliza), não pôde tomar posse. Segundo o Registro de Evento de Defesa Social (Reds), da Polícia Militar, o acionamento partiu da atual presidente da Casa, Rosimeire das Merces Costa (Avante).

Ainda de acordo com o vereador Marcelio, o valor recebido teria sido entregue horas antes da votação: R$ 50 mil em espécie e R$ 50 mil em cheque, todos supostamente repassados pelo empresário Calixto Domingos Neto. O caso segue sob investigação, e novos desdobramentos são aguardados.

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