quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

TRE-PE retoma julgamento que pode cassar mandato e tornar “Cacique” de Pesqueira inelegível por oito anos

                  O futuro político do prefeito de Pesqueira, Cacique Marcos (Republicanos), será definido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), que retoma nesta quarta-feira, a partir das 14h, o julgamento de uma ação que pode resultar na cassação do mandato e na inelegibilidade por oito anos.

O processo, considerado decisivo para o cenário político e administrativo do município, volta à pauta após o relator da ação, desembargador Paulo Machado, apresentar voto reconhecendo a prática de abuso de poder político e econômico durante o período eleitoral.

De acordo com o voto, o cacique teria determinado o início de uma obra de asfaltamento na localidade de Baixa Grande às vésperas do período eleitoral, utilizando a estrutura da administração pública com possível finalidade eleitoreira. O relator destaca que a conduta caracteriza desvio de finalidade, uma vez que a obra foi interrompida logo após o encerramento do pleito.

Ainda segundo o entendimento apresentado, o uso oportunista de recursos públicos comprometeu a igualdade de condições entre os candidatos, o que configura infração grave à legislação eleitoral vigente.

Caso o plenário do TRE-PE acompanhe o voto do relator, o político será afastado do cargo que ocupa na Prefeitura, terá o mandato cassado e ficará impedido de disputar eleições pelos próximos oito anos, conforme prevê a legislação eleitoral.

O desfecho do julgamento é aguardado com expectativa e pode provocar mudanças significativas na condução da administração municipal, já que o principal adversário do Cacique também caiu nas malhas da lei eleitoral.

No último dia 13 de novembro, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) confirmou, por unanimidade, a inelegibilidade por oito anos do ex-delegado Rossine Blesmany (Podemos), condenado por abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação nas eleições municipais de 2024 em Pesqueira, no Agreste.

A decisão, em segunda instância, manteve a sentença da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que também declarou inelegíveis José Alexandre (TV Pesqueira/Jaff Mix), Cleiton Mendonça (“Direita Pesqueira”) e Francisco Damião (Chico Lopes, “Pesqueira Nua e Crua”). 

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