quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Senado aprova projeto Antifacção por unanimidade e texto retorna à Câmara

               O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (10), por 64 votos a favor e nenhum contrário, o projeto de lei conhecido como Antifacção, que estabelece um marco legal de combate ao crime organizado no país. A proposta endurece penas contra facções e milícias, moderniza mecanismos de investigação e cria uma nova fonte de financiamento para ações de segurança pública e o sistema prisional.

O relator da matéria, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), destacou que a criação da Cide-Bets — contribuição que incidirá sobre casas de apostas — pode gerar até R$ 30 bilhões anuais. Os recursos deverão fortalecer operações de inteligência, estruturas integradas de repressão e presídios federais.

Como o texto sofreu ajustes no Senado, a proposta retorna agora à Câmara dos Deputados. A relatoria deve novamente ficar com o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), ex-secretário de Segurança Pública do governo paulista e autor da versão anteriormente aprovada pelos deputados.

Embora o projeto seja de iniciativa do governo federal, o Palácio do Planalto havia se posicionado contra pontos do relatório de Derrite aprovado pela Câmara, especialmente no que diz respeito ao financiamento da Polícia Federal e à sobreposição de legislações distintas sobre crime organizado. As inconsistências foram corrigidas por Vieira, o que permitiu apoio integral da base governista no Senado. A oposição também endossou o texto, que não recebeu orientação contrária de nenhuma bancada.

A nova legislação consolida e altera dispositivos do Código Penal, do Código de Processo Penal, da Lei de Organizações Criminosas e de legislações sobre drogas, armas, lavagem de dinheiro e crimes hediondos. O foco é dividido em três eixos centrais: endurecimento penal, modernização investigativa e asfixia financeira de facções e milícias.

Com a aprovação no Senado, a expectativa é de que a Câmara conclua a votação ainda neste ano para que o novo marco possa ser sancionado e implementado o quanto antes. 

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