Segundo
informações da PF, Bacellar é suspeito de ter repassado dados confidenciais da
Operação Zargun, deflagrada em setembro, que levou à prisão do então deputado
estadual TH Joias (MDB). As apurações revelam que, na véspera da operação,
Bacellar teria telefonado para TH Joias, alertando sobre os mandados que seriam
cumpridos e orientando o colega a destruir provas. A manobra incluiu, segundo a
investigação, a contratação de um caminhão-baú para transportar materiais que
poderiam comprometer o parlamentar.
Bacellar
foi preso dentro da própria Superintendência da PF no Rio, na Praça Mauá, após
ser “convidado” pelo superintendente Fábio Galvão para uma reunião. Assim que
chegou ao local, recebeu voz de prisão e teve o celular apreendido. TH Joias
também seria levado para prestar novo depoimento no âmbito das investigações.
Em
sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes classificou as condutas
investigadas como extremamente graves.
“Os fatos narrados pela Polícia Federal são gravíssimos, indicando que
Rodrigo Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações
envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com
influência no Poder Executivo estadual, capazes de potencializar o risco de
continuidade delitiva e de interferência indevida nas investigações da
organização criminosa”, escreveu o
ministro.
A Operação Unha e Carne segue em andamento, e novos desdobramentos são aguardados nos próximos dias, podendo impactar diretamente o cenário político do Estado do Rio de Janeiro.


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