quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Presidente da Alerj é preso pela PF em operação que investiga vazamento de informações

                A política fluminense foi sacudida nesta quarta-feira (3) com a prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), durante a Operação Unha e Carne, deflagrada pela Polícia Federal. A ação investiga o suposto vazamento de informações sigilosas e a tentativa de obstrução de investigações relacionadas ao crime organizado. O mandado de prisão foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o afastamento imediato de Bacellar do mandato.

Segundo informações da PF, Bacellar é suspeito de ter repassado dados confidenciais da Operação Zargun, deflagrada em setembro, que levou à prisão do então deputado estadual TH Joias (MDB). As apurações revelam que, na véspera da operação, Bacellar teria telefonado para TH Joias, alertando sobre os mandados que seriam cumpridos e orientando o colega a destruir provas. A manobra incluiu, segundo a investigação, a contratação de um caminhão-baú para transportar materiais que poderiam comprometer o parlamentar.

Bacellar foi preso dentro da própria Superintendência da PF no Rio, na Praça Mauá, após ser “convidado” pelo superintendente Fábio Galvão para uma reunião. Assim que chegou ao local, recebeu voz de prisão e teve o celular apreendido. TH Joias também seria levado para prestar novo depoimento no âmbito das investigações.

Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes classificou as condutas investigadas como extremamente graves.

“Os fatos narrados pela Polícia Federal são gravíssimos, indicando que Rodrigo Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual, capazes de potencializar o risco de continuidade delitiva e de interferência indevida nas investigações da organização criminosa”, escreveu o ministro.

A Operação Unha e Carne segue em andamento, e novos desdobramentos são aguardados nos próximos dias, podendo impactar diretamente o cenário político do Estado do Rio de Janeiro.

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