domingo, 26 de outubro de 2025

MPPE investiga possíveis danos ao erário em contrato de iluminação pública da Prefeitura de Garanhuns

                O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um Inquérito Civil para apurar possíveis irregularidades e danos ao erário em contratos de iluminação pública firmados pela Prefeitura de Garanhuns. A investigação, formalizada em 24 de outubro pelo promotor Bruno Gottardi, tem como foco o Contrato nº 05/2023-SIOSP, firmado com a empresa SPE Iluminação Garanhuns Ltda., no valor de R$ 13,48 milhões.

O contrato decorre da adesão à Ata de Registro de Preços nº 004/2022 da Associação dos Municípios da Microrregião do Sertão do São Francisco (AMMESF). A medida do MPPE foi motivada por um relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), que apontou indícios de superfaturamento superior a R$ 7 milhões, além de pagamentos indevidos de R$ 197,9 mil referentes à iluminação de condomínios particulares.

Entre as irregularidades também foram identificados sobrepreços em luminárias de LED, falhas na gestão e controle de materiais, além de inconsistências nos dados repassados à Neoenergia.

O Ministério Público deu à Prefeitura de Garanhuns o prazo de 10 dias úteis para apresentar cópias do processo administrativo, do contrato e comprovação de eventuais ressarcimentos e medidas corretivas adotadas.

O inquérito poderá resultar em Ação Civil Pública por improbidade administrativa e/ou dano ao erário, caso sejam confirmados prejuízos aos cofres municipais.

A abertura do inquérito ocorre após o TCE-PE julgar o contrato “regular com ressalvas”, em 11 de agosto deste ano. A decisão, relatada pelo conselheiro Ranilson Ramos, contrariou o parecer técnico do auditor Alexandre Inácio Eric Halley e Sá Filho, que havia recomendado responsabilização financeira de gestores e empresas.

O relator entendeu não haver provas suficientes de dano efetivo aos cofres públicos, limitando-se a determinar medidas administrativas preventivas, como a centralização de estoques e o controle rigoroso de materiais. A decisão ainda cabe recurso por meio de Agravo Regimental.

Além da apuração do MPPE, o contrato também é alvo de ação judicial movida em 2023 pelo então vereador Bruno da Luz, sob o número 0011088-21.2023.8.17.2640, que tramita na Justiça de Pernambuco. 

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