segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Moraes nega pedido da defesa e mantém prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

                O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para revogar a prisão domiciliar decretada em agosto deste ano. A decisão, proferida nesta segunda-feira (13), mantém as medidas cautelares impostas ao ex-chefe do Executivo, incluindo a proibição do uso de celular e redes sociais e a retenção do passaporte.

A prisão domiciliar foi determinada após o ministro constatar o descumprimento de medidas judiciais anteriores por parte de Bolsonaro. Segundo Moraes, a manutenção das restrições é necessária para impedir o risco de fuga e garantir a plena aplicação da lei penal.

“As medidas cautelares impostas, incluindo a prisão domiciliar, permanecem essenciais para assegurar a integral aplicação da lei penal e evitar a obstrução da justiça”, escreveu Moraes em sua decisão.

O ex-presidente foi condenado pela Primeira Turma do STF, em setembro, a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e associação criminosa, entre outros. No entanto, a pena ainda não está sendo cumprida, uma vez que a decisão não transitou em julgado — ou seja, ainda cabe recurso.

A defesa de Bolsonaro havia solicitado a revogação da prisão domiciliar sob o argumento de que as medidas seriam desproporcionais e de que o ex-presidente estaria colaborando com as investigações. O pedido, porém, foi rejeitado pelo ministro relator, que destacou o histórico de descumprimento de ordens judiciais e a gravidade dos crimes imputados.

Com a decisão, Bolsonaro segue em regime domiciliar, sem acesso a redes sociais e sob vigilância da Polícia Federal, até que o STF analise os recursos apresentados por sua defesa.

A decisão reforça a linha adotada por Moraes em processos que envolvem atos antidemocráticos e ataques às instituições, mantendo o controle rigoroso sobre medidas cautelares para evitar que investigados interfiram nas investigações ou incitem novos episódios de instabilidade política.

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