O encontro, considerado
positivo por ambas as partes, também tratou de temas sensíveis como sanções
impostas a cidadãos brasileiros, o desequilíbrio na balança comercial bilateral
e a crise política na Venezuela, em que Lula se colocou como possível mediador.
Após a conversa, Lula
afirmou nas redes sociais que teve uma “ótima reunião” com o americano.
“Discutimos de forma
franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que
nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções
para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”,
escreveu o presidente.
Segundo o ministro das
Relações Exteriores, Mauro Vieira, o principal ponto do diálogo foi o pedido de
suspensão das tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros como aço,
alumínio, carne e café. O governo brasileiro argumenta que as barreiras
dificultam um diálogo equilibrado e defende a suspensão como medida provisória
para reconstruir a confiança entre os países.
A pauta comercial também
incluiu o déficit de US$ 5,1 bilhões registrado pelo Brasil nas trocas com os
Estados Unidos entre janeiro e setembro, contrariando o discurso da Casa Branca
de que há prejuízo americano na relação.
Outro ponto discutido foi a revogação
das sanções contra autoridades brasileiras, entre elas o ministro Alexandre de
Moraes, do STF, e sua esposa, Viviane, alvos da Lei Magnitsky, que impede
transações comerciais com empresas americanas.
Na pauta internacional, Lula
defendeu uma solução diplomática para a crise na Venezuela, rejeitando sanções
e qualquer forma de intervenção externa. Apesar das divergências, o diálogo foi
mantido em tom cordial, com o compromisso de seguir as negociações.
Os dois presidentes acertaram ainda a criação de grupos técnicos bilaterais, que se reunirão nos próximos dias com representantes dos ministérios e das áreas de comércio exterior dos dois países, para buscar avanços concretos nas pautas tarifária e diplomática.
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