Os casos em investigação
foram registrados em onze cidades pernambucanas: Recife e Olinda, na Região
Metropolitana; Caruaru, João Alfredo, Lagoa do Ouro, Lajedo e Jupi, no Agreste;
Carpina e Paudalho, na Zona da Mata Norte; e Cedro e Mirandiba, no Sertão. O
registro é feito conforme o município de residência do paciente, explicou a
SES-PE.
De acordo com o
levantamento, as suspeitas estão relacionadas principalmente ao consumo de
bebidas destiladas, como uísque, gin e vodca, que podem ter sido adulteradas
durante o processo de fabricação ou distribuição.
Diante do aumento dos casos,
o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um apelo direto à população na
última quinta-feira (2), recomendando que não sejam consumidas bebidas
destiladas cuja origem não seja comprovada.
“Evite, nesse
momento, ingerir um produto destilado, sobretudo os incolores, que você não
tenha absoluta certeza da origem dele”, destacou Padilha,
lembrando que falava não apenas como ministro, mas também como médico.
O ministro reforçou que o
consumo dessas bebidas não é essencial e que evitar produtos de procedência
duvidosa é uma atitude de autoproteção.
“Não estou falando de
um produto essencial para a vida das pessoas, um produto da cesta básica. É um
produto de lazer. Não faz problema nenhum evitar o consumo desses destilados”,
completou.
O metanol é uma substância
altamente tóxica, usada em produtos industriais e proibida para consumo humano.
Quando ingerido, é transformado no organismo em formaldeído e ácido fórmico,
compostos que podem causar cegueira irreversível e até a morte.
Entre os sintomas mais
comuns estão:
visão turva ou perda total
da visão;
náuseas e vômitos;
dores abdominais intensas;
sudorese e mal-estar
generalizado.
Em casos graves, a
intoxicação pode evoluir rapidamente para coma e falência múltipla de órgãos. A
SES-PE alerta que qualquer suspeita de contaminação deve ser comunicada
imediatamente às unidades de saúde.
Equipes da Vigilância
Sanitária Estadual e das Regionais de Saúde estão atuando para identificar a
origem das bebidas adulteradas. As análises laboratoriais pretendem confirmar a
presença de metanol nos produtos consumidos e rastrear os possíveis
fornecedores.
Enquanto isso, o governo do
estado e o Ministério da Saúde reforçam a orientação: somente consuma bebidas
de fabricantes reconhecidos e de origem garantida.
“A prevenção é, neste momento, a principal arma contra esse tipo de intoxicação”, conclui a nota da SES-PE.
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