quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Brasil e EUA avançam em diálogo para reverter tarifas e reforçar cooperação comercial

                 Após meses de tensão diplomática, o Brasil e os Estados Unidos voltaram a fortalecer os canais de diálogo e devem realizar uma nova reunião em novembro, como parte de uma agenda de reaproximação entre os dois países. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (16) pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, após encontro com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, na Casa Branca, em Washington.

Segundo o chanceler, o encontro — que durou cerca de uma hora — ocorreu em um clima de “excelente descontração e troca de ideias”, com foco principal nas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. “Foi uma reunião muito produtiva, com disposição de ambos os lados para trabalhar em conjunto e traçar uma agenda bilateral sólida de comércio”, declarou Vieira a jornalistas.

A reunião teve duas etapas: uma conversa reservada entre os dois ministros e, em seguida, a participação de diplomatas e representantes comerciais das duas nações. O chanceler confirmou que as equipes técnicas devem iniciar “em breve” negociações para tentar reverter as tarifas de 50% aplicadas por Washington desde agosto.

Além das questões comerciais, Mauro Vieira afirmou que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se reunir nos próximos meses, embora a data e o local ainda não estejam definidos. “Está mantido o objetivo de que os líderes se encontrem proximamente. Há interesse de ambas as partes para que isso aconteça o quanto antes”, disse.

Inicialmente, a expectativa era de que o encontro pudesse ocorrer durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia, no fim de outubro. No entanto, segundo o ministro, as agendas dos presidentes deverão determinar o momento mais adequado para a reunião.

O governo brasileiro avalia que a retomada do diálogo e a construção de uma nova agenda comercial podem abrir espaço para ampliar exportações e atrair investimentos em setores estratégicos, reforçando a posição do país como parceiro relevante nas relações econômicas internacionais. 

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