segunda-feira, 1 de setembro de 2025

STF inicia julgamento de trama golpista sob forte esquema de segurança em Brasília

               Brasília amanheceu sob clima de vigilância reforçada nesta segunda-feira (1º), véspera do julgamento histórico no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta trama golpista que teria buscado manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. O processo, que começa nesta terça-feira (2), mobiliza um dos maiores esquemas de segurança já montados na capital federal desde os atos de 8 de janeiro de 2023.

O entorno da Praça dos Três Poderes recebeu efetivo extra da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que deve permanecer de prontidão até 12 de setembro, prazo estimado para a conclusão do julgamento. Paralelamente, começou a funcionar uma Célula Presencial Integrada de Inteligência, instalada na sede da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF).

A estrutura reúne órgãos de segurança locais e nacionais, responsáveis por monitorar tanto a movimentação de pessoas em Brasília quanto as redes sociais, permitindo a adoção de medidas preventivas em caso de riscos identificados.

A partir desta terça-feira, o STF estará sob um esquema de segurança compartilhado entre a Polícia Judicial Federal e a SSP-DF. Qualquer tipo de manifestação ou acampamento nas imediações do tribunal está expressamente proibido.

Agentes farão rondas constantes e abordagens com revista de mochilas e bolsas de quem transitar pelas proximidades. Uma atenção especial é voltada para a possibilidade de ações isoladas de apoiadores de Bolsonaro, consideradas de alto risco pelas autoridades.

O policiamento utilizará também drones com tecnologia de imagem térmica, que realizarão varreduras diurnas e noturnas para detectar movimentos suspeitos.

Apesar das restrições, o julgamento já atrai grande público e deve modificar a rotina no centro de Brasília. Mais de 3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar as sessões presencialmente, em vagas limitadas abertas ao público.

O caso também mobilizou ampla cobertura jornalística: 501 profissionais de imprensa, entre brasileiros e estrangeiros, solicitaram credenciamento para acompanhar o processo.

O principal réu do julgamento é o próprio Jair Bolsonaro, que responde por ter supostamente participado da articulação para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. Embora não esteja obrigado a comparecer, o ex-presidente poderá assistir às sessões presencialmente, caso obtenha autorização do relator, ministro Alexandre de Moraes, já que atualmente cumpre prisão domiciliar determinada no âmbito da ação penal.

O julgamento no STF deve marcar um dos capítulos mais decisivos da crise política recente no Brasil, com possíveis repercussões no cenário eleitoral de 2026. Autoridades de segurança reforçam que todas as medidas preventivas estão sendo tomadas para garantir a ordem e a integridade do tribunal e de seus membros durante o processo. 

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