Na Fazenda, quem assume o
comando é o auditor fiscal Flávio Martins Sodré de Mota, substituindo Wilson de
Paula, que deixou o cargo após menos de dois anos à frente da secretaria. Além
dele, a pasta também perdeu a secretária-executiva Stephanie Christini Gomes
Pereira, substituída por Cindy Ferreira Barbosa dos Santos, até então diretora
de Planejamento e Controle da Ação Fiscal.
Na CGE, a vaga deixada por
Érika Lacet será ocupada pelo secretário-executivo de Transparência e Controle,
Renato Barbosa Cirne.
De acordo com as publicações
no DOE, todas as exonerações ocorreram “a pedido” dos próprios secretários.
Wilson de Paula chegou a divulgar uma carta de despedida agradecendo a
confiança da governadora e destacando avanços obtidos na Sefaz. Porém, nos
bastidores, circula a versão de que sua saída teria sido motivada por interferências
em suas decisões e por uma alegada falta de autonomia na condução da pasta —
insatisfação que não seria inédita no governo Raquel.
No início do ano, o então
secretário da Educação, Alexandre Schneider, também pediu exoneração, oficialmente
por motivos pessoais. Fontes ligadas à pasta, no entanto, afirmaram que
Schneider não teria conseguido implementar mudanças em cargos estratégicos
ligados a Gilson Monteiro, aliado histórico de Raquel em Caruaru e atual
titular da Educação.
Enquanto CGE, Fazenda e
Educação registram substituições técnicas, outras mudanças de 2025 tiveram um
viés claramente político. O ex-prefeito de Custódia, Emmanuel Fernandes
(Avante), assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Profissional e
Empreendedorismo; o deputado estadual Kaio Maniçoba (PP) ficou com a Secretaria
de Turismo; André Teixeira Filho passou a comandar Mobilidade e Infraestrutura;
e o ex-deputado federal Daniel Coelho (PSD) retornou ao governo como secretário
do Meio Ambiente, após disputar a Prefeitura do Recife em 2024.
Com as trocas mais recentes,
o governo Raquel já acumula mudanças em praticamente todas as áreas
estratégicas. Desde 2023, passaram por alterações as secretarias de Cultura,
Defesa Social, Desenvolvimento Agrário (duas vezes), Mulher (duas vezes),
Mobilidade e Infraestrutura (duas vezes), Assistência Social, Projetos
Estratégicos (duas vezes), Justiça e Direitos Humanos, Educação (duas vezes),
Turismo (duas vezes), Criança e Juventude, Assessoria Especial, Desenvolvimento
Profissional, Meio Ambiente, Fazenda e Controladoria-Geral.
O ritmo de mudanças reforça a percepção de instabilidade administrativa, mas também de uma governadora que tem buscado equilibrar a gestão técnica com a pressão de aliados políticos. A oposição já explora o tema como sinal de desorganização, enquanto a base do governo defende que as alterações fazem parte de um processo natural de ajustes na equipe.
👉 Acompanhe mais notícias e curta nossas
redes sociais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário