segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Gilmar Mendes defende STF no Dia da Independência e critica ataques às instituições

            O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais para rebater críticas direcionadas ao Judiciário e reforçar o papel da Corte como guardiã da Constituição. A manifestação ocorreu nesta sexta-feira (7), data em que o país celebrou a Independência e também registrou atos de grupos de direita em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e de condenados pelos ataques de 8 de Janeiro.

Em publicação feita no início da noite na rede X (antigo Twitter), Mendes destacou que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições democráticas, mas do seu fortalecimento.

“No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento”, escreveu.

O ministro negou que haja qualquer tipo de “ditadura da toga” no Brasil, contrapondo-se às críticas recorrentes contra o STF. Segundo ele, os magistrados da Corte têm atuado em defesa das garantias fundamentais previstas na Constituição, assegurando direitos básicos de todos os cidadãos.

“Não há, no Brasil, 'ditadura da toga', tampouco ministros agindo como tiranos”, frisou.

Sem citar nomes, Gilmar Mendes fez referências críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro e às ações de seus apoiadores. Ele lembrou episódios recentes da história política brasileira, como os ataques ao sistema eleitoral, os pedidos de intervenção militar e a condução da pandemia de covid-19 pelo governo anterior.

O ministro elencou exemplos que, segundo ele, refletem riscos concretos ao Estado democrático de Direito:

  • Pandemia: milhares de mortes e negligência na compra de vacinas;
  • Sistema eleitoral: ameaças ao processo democrático e à separação de Poderes;
  • Radicalização política: acampamentos em frente a quartéis, tentativa de golpe com atos violentos em Brasília em 8 de janeiro de 2023 e até planos de assassinato contra autoridades da República.

A declaração de Mendes ocorreu poucas horas após manifestações organizadas por políticos de direita e grupos religiosos em diversas capitais. Os atos pediram anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de múltiplas investigações, e também aos condenados pelos ataques golpistas de janeiro de 2023, que resultaram em depredações no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no STF.

Com a manifestação, Gilmar Mendes se somou a outros ministros da Corte que, nos últimos meses, têm usado espaços públicos e redes sociais para reforçar a importância da defesa das instituições democráticas frente ao crescimento de discursos de viés autoritário. Com informações da Agência Brasil.

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