A decisão, comunicada em
nota, foi direta: todos os filiados da federação que ocupam cargos no governo
federal devem entregar seus postos imediatamente. Caso contrário, poderão
sofrer punições disciplinares, inclusive com afastamento das funções
partidárias.
“Informamos a todos
os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no
governo federal. Em caso de descumprimento, haverá o afastamento em ato
contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições previstas no
Estatuto. Esta decisão representa um gesto de clareza e coerência. É isso que o
povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”,
destacou o comunicado.
O anúncio pressiona
diretamente quatro ministros que integram a Esplanada dos Ministérios: Celso
Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração
Regional), todos do União Brasil, além de André Fufuca (Esporte), indicado pelo
PP.
Parlamentares do União
ponderam, contudo, que o partido, de fato, controla apenas a pasta do Turismo,
com Sabino. As demais nomeações, segundo eles, teriam sido articulações
pessoais do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ampliando a
tensão interna.
Celso Sabino, por sua vez,
avalia pedir licença do partido ou até mesmo se desfiliar para permanecer à
frente do Ministério do Turismo, evitando um rompimento imediato com o
Planalto.
Apesar da decisão coletiva,
Fufuca tem dado sinais de fidelidade pessoal ao presidente. “Meu voto pessoal é
dele (Lula)”, afirmou na época, indicando que a relação com o Planalto não está
totalmente rompida.
Nos bastidores, a
movimentação da federação já mira o futuro. Segundo a Coluna do Estadão, os
presidentes do União, Antonio Rueda, e do Progressistas, Ciro Nogueira,
negociam com o líder do PL, Valdemar Costa Neto, uma aliança estratégica que
envolve anistia a parlamentares e a formação de chapas competitivas para as
eleições de 2026.
Com a saída da União Progressista, Lula perde oficialmente dois dos maiores partidos que ajudavam a sustentar a governabilidade no Congresso, aumentando a dependência do PT em relação a outras legendas do chamado “centrão” e intensificando o xadrez político rumo às eleições gerais.
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