quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Diretor da ANM e ex-diretor da PF são presos em operação contra esquema de fraudes ambientais

               A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (17) o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mario Seabra, em uma operação que investiga uma organização criminosa atuando no setor de mineração para fraudar licenças ambientais por meio de pagamento de propina a agentes públicos federais e estaduais.

Além do diretor da ANM, foi preso também Rodrigo de Melo Teixeira, ex-diretor da Polícia Federal na Diretoria de Polícia Administrativa, cedido à Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e suspeito de ser sócio de uma empresa de mineração.

A ação da PF cumpre 22 mandados de prisão temporária e 79 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte (MG) e outras regiões de Minas Gerais. A Justiça Federal determinou ainda o sequestro e bloqueio de bens no valor de R$ 1,5 bilhão.

No total, 17 pessoas são alvo de prisão preventiva, sendo que 15 já foram presas e duas continuam foragidas. Entre os principais investigados estão empresários e agentes públicos:

Alan Cavalcante do Nascimento – apontado como chefe do grupo criminoso;

Helder Adriano de Freitas – sócio de Alan na empresa Mineração Gutesiht, responsável por articular favorecimento junto a órgãos ambientais;

João Alberto Paixão Lages – também sócio de Alan e articulador do esquema;

Fernando Baliani da Silva – funcionário estadual da FEAM afastado;

Breno Esteves Lasmar – do Instituto Estadual de Florestas (IEF), afastado;

Fernando Benício de Oliveira Paula – do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), afastado.

Segundo a investigação, o grupo controla mais de 40 empresas, com destaque para a holding Minerar S/A, atuando na exploração de minério de ferro em regiões críticas de Minas Gerais. Mais de R$ 3 milhões teriam sido pagos em propina, incluindo pagamentos mensais a alguns agentes públicos para favorecer os interesses do conglomerado.

A PF destacou que alguns investigados receberam dois mandados de prisão por inquéritos distintos, que investigam corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e vazamento de informações, reforçando a complexidade e o alcance do esquema.

A operação representa um grande avanço no combate à corrupção e fraudes ambientais no setor de mineração, com impactos diretos sobre a fiscalização e licenciamento de empreendimentos estratégicos em Minas Gerais. 

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