sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Crise no Imip: total de demissões de obstetras pode chegar a 40 e comprometer atendimentos

               A crise na obstetrícia do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no Recife, ganha novos capítulos nesta sexta-feira (19). De acordo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), mais sete obstetras devem entregar carta de demissão, elevando para 40 o total de profissionais que decidiram se desligar da instituição.

O Simepe informou que, caso confirmado, o número representará 61,5% do corpo clínico de obstetras do hospital. O cenário acende um alerta sobre a capacidade de manutenção do atendimento em uma das unidades de saúde mais importantes do estado.

A entidade sindical explicou que, inicialmente, havia divulgado 49 pedidos de desligamento, mas após revisão corrigiu o número para 33. Já o Imip contesta, afirmando ter recebido oficialmente 30 cartas de demissão até o momento.

A possibilidade de um aumento no número de demissionários não é novidade. Desde julho, quando 48 obstetras assinaram uma carta de intenção de desligamento, os médicos já alertavam para a sobrecarga de trabalho, remuneração considerada baixa, falta de valorização profissional e dificuldades estruturais enfrentadas no hospital. Mesmo após reuniões entre a direção do Imip e a categoria, não houve avanços em pautas como reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho.

Segundo o Simepe, os obstetras que entregaram suas cartas de demissão “continuam abertos ao diálogo” e cumprirão o prazo legal de 30 dias de aviso prévio, enquanto aguardam uma possível reabertura de negociações.

Em nota divulgada na quinta-feira (18), o Imip confirmou ter dado início a um plano de reestruturação do serviço de obstetrícia, com o objetivo de manter a continuidade dos atendimentos e preservar a segurança dos pacientes durante a fase de transição. A instituição também comunicou oficialmente a situação à Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE).

A expectativa agora recai sobre o andamento das negociações entre a gestão do hospital e os médicos, em um momento em que a saúde pública do estado busca alternativas para evitar o comprometimento do atendimento materno-infantil. 

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