quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Antônio Moraes alerta para risco de saída da Fiat de PE em 2032 e cobra urgência em obras de infraestrutura

Com o fim dos incentivos fiscais da montadora se aproximando, deputado defende a conclusão da Transnordestina e do Arco Metropolitano como trunfos estratégicos para manter o polo automotivo no estado.

RECIFE, PE – Uma década após sua celebrada instalação em Goiana, na Mata Norte, o futuro do polo automotivo da Fiat (atual Stellantis) em Pernambuco após o ano de 2032 tornou-se um ponto de grande preocupação na Assembleia Legislativa. O alerta foi feito nesta semana pelo deputado estadual Antônio Moraes (PP), que apontou para um cronômetro regressivo: o estado tem apenas sete anos para consolidar uma infraestrutura logística robusta o suficiente para evitar uma possível saída da montadora quando seu período de benefícios fiscais chegar ao fim.

A chegada da Fiat ao estado em 2015 foi um marco, cumprindo a promessa de gerar milhares de empregos e de potencializar o setor industrial pernambucano com uma das fábricas mais modernas do país. O "calcanhar de Aquiles" dessa história de sucesso, no entanto, é a data de validade dos incentivos fiscais concedidos pelo governo estadual, um dos principais atrativos para a vinda da empresa. Segundo Moraes, sem essa vantagem competitiva, Pernambuco precisará oferecer outros trunfos para garantir a permanência da gigante automotiva.

Em entrevista concedida ao Blog do Alberes Xavier e à Rede Pernambuco de Rádios, o deputado listou as obras que considera essenciais para criar um ambiente de negócios atrativo e autossustentável. “Só temos sete anos para resolver pautas importantes como a Transnordestina, o Arco Metropolitano, porto, aeroporto... Em 2032 a Fiat poderá deixar o estado, ao final do período de isenção fiscal, e até lá temos que montar uma infraestrutura atrativa o suficiente para manter a Fiat e atrair novos investimentos para Pernambuco”, declarou Antônio Moraes.

O alerta do parlamentar joga luz sobre projetos estruturadores que se arrastam há anos. A Ferrovia Transnordestina é vista como vital para conectar a produção a outros estados e baratear o frete. O Arco Metropolitano é crucial para desafogar o trânsito da Região Metropolitana e otimizar o acesso ao Porto de Suape, por onde os veículos são exportados.

O pronunciamento de Antônio Moraes funciona, portanto, como uma convocação à classe política e ao setor produtivo de Pernambuco. O recado é claro: a celebração pelo sucesso da primeira década da Fiat precisa ser acompanhada de um planejamento estratégico de longo prazo. O desafio agora é transformar os próximos sete anos em um período de intensa execução de obras para que a permanência da montadora e a atração de novos investimentos sejam uma consequência da eficiência logística do estado, e não mais uma dependência de incentivos fiscais.


👉 Acompanhe mais notícias e curta nossas redes sociais:

📸 Instagram   👍 Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário