sexta-feira, 22 de agosto de 2025

TCE-PE alerta Olinda sobre risco de paralisação da coleta de lixo por dívida de R$ 2 milhões

Além da iminente interrupção do serviço de limpeza urbana, conselheiro aponta que o município pode perder receita do ICMS Socioambiental. Prefeitura tem cinco dias úteis para apresentar solução.

O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) emitiu um alerta formal à Prefeitura de Olinda para que regularize uma dívida de aproximadamente R$ 2 milhões com a empresa Central de Tratamento de Resíduos Ltda., responsável pela coleta de lixo no município. O não pagamento, segundo o TCE-PE, acende dois sinais vermelhos para a cidade: o risco iminente de paralisação da limpeza urbana e a possibilidade de perda de receita do ICMS Socioambiental.

O alerta, enviado no último dia 13, partiu do conselheiro Carlos Neves, relator das contas de Olinda, e foi aprovado por unanimidade pela Primeira Câmara do tribunal. Neves destacou que a inadimplência coloca em xeque a continuidade de um serviço essencial, o que pode "afetar diretamente a população" caso o lixo comece a se acumular nas ruas de um dos principais cartões-postais do estado.

O problema, no entanto, é duplo. O conselheiro também chamou a atenção para um prejuízo financeiro adicional. Pernambuco concede um benefício, o ICMS Socioambiental, aos municípios que realizam a destinação correta de seus resíduos sólidos. Com a potencial interrupção do serviço por falta de pagamento, Olinda pode ser considerada em descumprimento das normas e, consequentemente, deixar de receber parte dessa importante verba, criando um ciclo vicioso de dificuldades financeiras.

A gestão municipal foi notificada e tem um prazo de cinco dias úteis, a contar do recebimento do ofício, para apresentar ao TCE-PE os motivos do atraso no pagamento e um plano de ação concreto para resolver a pendência. Caso a dívida seja quitada, a prefeitura deverá enviar os comprovantes ao tribunal para encerrar o alerta. A resposta da prefeitura nos próximos dias será decisiva para evitar uma crise sanitária e um novo rombo nos cofres da cidade.

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