domingo, 31 de agosto de 2025

STF inicia julgamento histórico contra Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado

              Na próxima terça-feira (2), o Supremo Tribunal Federal (STF) dará início a um julgamento considerado histórico e sem precedentes na redemocratização do Brasil. No centro da análise, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados, acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de arquitetar uma trama golpista para tentar reverter o resultado das eleições de 2022, que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Quase dois anos e meio após os atos violentos de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, a Corte avaliará a responsabilidade criminal de um ex-presidente da República e de generais do Exército por tentativa de golpe de Estado — possibilidade inédita desde a redemocratização do país em 1985.

Diante da relevância e da repercussão internacional, o Supremo preparou um esquema especial de segurança. Entre as medidas, estão a restrição de circulação nos prédios da Corte, varredura com cães farejadores em busca de explosivos e monitoramento aéreo com drones.

O interesse pelo julgamento mobilizou não apenas a imprensa, mas também a sociedade civil. Foram 501 pedidos de credenciamento de jornalistas nacionais e internacionais, além de 3.357 inscrições de cidadãos e advogados interessados em acompanhar presencialmente. Por questões de espaço, apenas os primeiros 1.200 pedidos foram aceitos.

Dinâmica do julgamento - Os inscritos terão acesso ao julgamento na sala da Segunda Turma, onde acompanharão a sessão por meio de telões. O plenário da Primeira Turma, local da deliberação, será restrito a advogados de defesa e profissionais de imprensa credenciados.

Foram disponibilizadas 150 vagas por sessão, ao longo de cinco datas em setembro. A agenda estabelecida pelo STF prevê oito sessões:

2 de setembro – às 9h e 14h

3 de setembro – às 9h

9 de setembro – às 9h e 14h

10 de setembro – às 9h

12 de setembro – às 9h e 14h

O julgamento é considerado decisivo não apenas para o futuro político de Jair Bolsonaro, mas também para a história recente do Brasil. Caso seja condenado, o ex-presidente poderá enfrentar prisão e ficará inelegível de forma definitiva. A decisão também pode alcançar generais do Exército, o que representaria um marco inédito na responsabilização de altos comandos militares por atentados contra a democracia.

Com ampla cobertura midiática nacional e internacional, o julgamento deve colocar o Brasil no centro do debate sobre instituições democráticas, responsabilidade de governantes e limites da atuação militar no cenário político. 

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