Presidente da Casa se irrita
com o que considerou uma "gracinha" de colega, exige respeito, afirma
sua independência e manda cortar o microfone do parlamentar durante a sessão
desta segunda-feira.
ARCOVERDE, PE – O clima
esquentou na Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Arcoverde, na noite
desta segunda-feira (18). Um desentendimento sobre o tempo de fala evoluiu para
uma ríspida troca de farpas entre os vereadores Rodrigo Rôa (Pode) e o
presidente da Casa, Luciano Pacheco (MDB), culminando com a interrupção abrupta
da fala de Rôa, que teve seu microfone desligado por ordem do presidente, sob
alegação que já estourara o tempo.
A polêmica começou quando
Rodrigo Rôa utilizava a tribuna para destacar os números do programa Cozinha
Solidária em Arcoverde, uma iniciativa do Governo do Estado. "De
abril a junho, foram 12.340 pratos de alimento. De janeiro a junho foram 91
mil. Só nos bairros São Cristóvão, Maria de Fátima e São Geraldo",
detalhava o parlamentar.
Nesse momento, Luciano
Pacheco interveio, pedindo que o colega concluísse devido ao adiantado da hora.
"Me ajude aí, doutor Rodrigo, senão vamos pra 1h da manhã, meu
filho", solicitou o presidente.
A resposta de Rôa, no
entanto, adicionou um tempero político à questão de tempo. "Vossa
excelência, faz parte do governo também. Eu acho que aquilo que o governo está
fazendo, tem que ser mostrado, presidente", retrucou, antes de
encerrar seu discurso.
A fala foi interpretada por
Pacheco como uma insinuação sobre sua lealdade ou interesse em divulgar as
ações do governo. Visivelmente contrariado, o presidente da Câmara rebateu
duramente, afirmando que o pedido para cumprir o tempo não tinha relação com o
mérito da pauta.
"Para um bom entendedor, poucas palavras bastam, doutor. Eu exijo respeito! Tenho a minha posição, mas também tenho a minha independência", declarou Pacheco, elevando o tom. "Agora, para o senhor estar soltando suas gracinhas, para o senhor estar falando do governo, eu estou pedindo para parar, não. Não estou aqui para ouvir gracinha de seu ninguém. Gracinha ficou em casa dormindo", finalizou, antes de ordenar que o microfone de Rôa fosse cortado, encerrando o embate de forma unilateral. O episódio expõe as tensões e sensibilidades políticas que permeiam o legislativo municipal, apesar de ser todos os vereadores da bancada do governo. Com informações da Itapuama FM
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