sexta-feira, 29 de agosto de 2025

PGR descarta policiais dentro da casa de Bolsonaro e defende monitoramento externo da prisão domiciliar

                   A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta sexta-feira (29) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não considera necessário manter policiais dentro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, onde ele cumpre prisão domiciliar. Para o órgão, a vigilância já realizada na entrada do condomínio é suficiente para garantir o cumprimento da medida.

No parecer encaminhado ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que é preciso estabelecer um equilíbrio entre os direitos do ex-presidente e as exigências da Justiça. Segundo ele, a situação demanda “precauções contra iniciativas de fuga”, mas isso pode ser resolvido com monitoramento externo.

“Observo que não se aponta situação crítica de segurança no interior da casa. Essa avaliação não induz a Procuradoria-Geral da República, neste momento, a propugnar por soluções mais gravosas do que a da custódia domiciliar”, escreveu Gonet.

O procurador-geral também sugeriu que o acesso pelo terreno da propriedade, apontado pela Polícia Federal como vulnerável, seja monitorado por câmeras em tempo real. Além disso, destacou que os agentes de segurança devem ter livre acesso às áreas externas da residência caso haja necessidade imediata de intervenção.

O posicionamento da PGR contraria a Polícia Federal (PF), que havia defendido a presença contínua de policiais dentro da residência. Para o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a única maneira de evitar uma eventual tentativa de fuga seria o acompanhamento presencial e em tempo integral das atividades do ex-presidente.

Rodrigues também argumentou que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro, apesar de enviar dados em tempo real, poderia falhar ou sofrer “interferências deliberadas” no sinal. Outro ponto levantado pela PF foi o impacto da vigilância no condomínio, já que manter agentes de prontidão no local poderia prejudicar a rotina dos demais moradores.

Com as duas posições divergentes, a decisão final caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. O magistrado deverá definir se Bolsonaro continuará apenas sob vigilância externa, como propõe a PGR, ou se será necessária a presença física constante de policiais dentro de sua residência. 


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