Entre as irregularidades
apontadas, o pai destacou que o prontuário médico da criança apresentava
“várias inconformidades”, incluindo documentos assinados com até dez dias de
atraso. Segundo o relato, a família solicitou acesso ao prontuário ainda
durante a internação em Arcoverde, mas a entrega demorou 15 dias para ser
realizada.
Outro episódio que gerou
revolta foi o impedimento da mãe — enfermeira de profissão — de acompanhar a
filha na ambulância durante a transferência para o Hospital Mestre Vitalino.
O drama da espera por uma
vaga em UTI pediátrica também foi relatado com emoção. A família só conseguiu a
transferência após a morte de outra criança, episódio que, segundo o pai, foi
marcado por dor e impotência. “Presenciei o sofrimento de outra mãe
enquanto minha filha lutava pela vida. Essa sensação é impossível de descrever”,
afirmou.
A fala mais dura veio no
encerramento do depoimento:
“Hoje sou eu como
pai. Amanhã pode ser qualquer um de vocês. Esse lugar precisa ser um hospital,
e não um anexo do necrotério.”
O caso foi encaminhado à Comissão
de Saúde, composta pela vereadora Luiza Margarida (presidente), Wellington e Dr.
Rodrigo Roa, que deverá analisar as denúncias e cobrar explicações da direção
do HRA. Também será agendada uma audiência com a Secretária Estadual de Saúde com
a presença da família.
A família reforçou que
continuará buscando justiça e cobrando mudanças para que a morte de Jade não
tenha sido em vão. “Queremos que nenhuma outra
família passe pelo que estamos passando”, concluiu o pai.
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