segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Hugo Motta critica Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA e promete ação para reduzir efeitos do “tarifaço”

                     O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez duras críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado e cumpre agenda nos Estados Unidos. Segundo Motta, a atuação do parlamentar junto ao governo norte-americano teria contribuído para o recente “tarifaço”, medida que resultou na sobretaxação de produtos brasileiros exportados para aquele país.

“Cada parlamentar tem sua autonomia e liberdade para agir de acordo com o que considera importante. Mas eu não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do país trabalhando, muitas vezes, para que medidas sejam tomadas contra sua nação e tragam danos à economia brasileira. Isso não pode ser admitido”, afirmou Motta em entrevista à Veja, nesta segunda-feira (11).

Para o presidente da Câmara, é legítimo que Eduardo Bolsonaro defenda suas convicções políticas e até a inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas nunca de forma que prejudique o país. “Ninguém pode concordar em ter seu país sendo prejudicado pela atitude de um parlamentar”, reforçou.

Hugo Motta declarou que a Câmara está “de prontidão” para agir e buscar alternativas que minimizem os impactos da decisão norte-americana sobre a economia nacional. “Estamos prontos para garantir que esses danos possam ser diminuídos”, disse.

Na sexta-feira (8), Motta enviou à Corregedoria Parlamentar denúncias contra pelo menos 14 deputados de oposição que participaram de um protesto no plenário, impedindo a realização de sessões por cerca de 30 horas. O ato foi denunciado por PT, PSB e PSOL. Os parlamentares, entre eles Marcel Van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-SC) e Zé Trovão (PL-SC), poderão ter os mandatos suspensos por até seis meses.

O presidente da Câmara reconheceu que o momento político é “um dos mais complexos” da história recente do país e defendeu diálogo com o Senado, ministros do Supremo Tribunal Federal e demais parlamentares para manter o funcionamento da Casa e avançar em pautas de interesse da população.

Sobre a possibilidade de anistia ampla a investigados e condenados por atos antidemocráticos, Motta evitou se posicionar de forma direta, mas sinalizou que há resistência entre os deputados. “O que sinto é que existe certa dificuldade com uma anistia ampla, geral e irrestrita”, afirmou.

Motta concluiu defendendo a necessidade de proteger a democracia, a soberania nacional e os empregos no país: “Vamos seguir colocando os interesses do Brasil em primeiro lugar, sem negociar nossa democracia e protegendo nossa indústria e nossos trabalhadores.”

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