quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Câmara de Garanhuns aprova “mordomia alimentar” de R$ 750 mil por ano para prefeito, vice e secretários

                   A tarde desta quarta-feira (13) entrou para o calendário político de Garanhuns como um dia de “banquete” executivo – e não exatamente para a população. Em sessão relâmpago, a Câmara de Vereadores aprovou, em primeira e segunda votação, por maioria absoluta, o Projeto de Lei nº 023/2025, que cria o pagamento de Auxílio Alimentação para o prefeito, vice-prefeito, secretários e presidentes de autarquias municipais, como revelou o blog do Carlos Eugênio.

A proposta, enviada pelo prefeito Sivaldo Albino (PSB) em regime de urgência, prevê um “agrado” mensal de R$ 5 mil para o próprio prefeito e de R$ 2.500 para as demais funções, inclusive durante o período de férias dos beneficiados. O impacto para os cofres públicos chega a expressivos R$ 750 mil por ano — verba que poderia, por exemplo, reforçar programas sociais ou investimentos em saúde e educação.

Para acelerar a aprovação, os vereadores governistas recorreram até à quebra do interstício legislativo — intervalo mínimo exigido entre as votações — e convocaram uma segunda reunião ordinária imediata. Em menos tempo do que se leva para um almoço, o projeto passou sem emendas e sem debate aprofundado.

Votaram a favor da medida todos os 14 integrantes da base aliada: Johny Albino, Luizinho Roldão, Matheus Martins, Juca Viana, Luzia da Saúde, Professor Márcio, Fabiana Zoobi, Leleu Andrade, Darliane de Natálicio, Nelma Carvalho, Marcos de Zaqueu, Alcindo Correia, Erivan Pita e Bruno Taveira. Apenas três vereadores — Fernando da Iza, Thiago Paes e Ruber Neto — registraram voto contrário, alegando que a medida fere a moralidade e o interesse público.

A notícia da aprovação gerou imediata reação popular nas redes sociais, onde a palavra “gastança” rapidamente se tornou o tom dominante dos comentários. Para muitos, o projeto é um símbolo de distanciamento entre o poder público e a realidade econômica enfrentada por milhares de famílias garanhuenses.

Agora, resta saber se o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vai intervir para questionar a legalidade e a moralidade dessa lei, que para boa parte da população soa como um verdadeiro banquete às custas do contribuinte. 



👉 Acompanhe mais notícias e curta nossas redes sociais:

📸 Instagram   👍 Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário