A proposta, enviada pelo
prefeito Sivaldo Albino (PSB) em regime de urgência, prevê um “agrado” mensal
de R$ 5 mil para o próprio prefeito e de R$ 2.500 para as demais funções,
inclusive durante o período de férias dos beneficiados. O impacto para os
cofres públicos chega a expressivos R$ 750 mil por ano — verba que poderia, por
exemplo, reforçar programas sociais ou investimentos em saúde e educação.
Para acelerar a aprovação,
os vereadores governistas recorreram até à quebra do interstício legislativo —
intervalo mínimo exigido entre as votações — e convocaram uma segunda reunião
ordinária imediata. Em menos tempo do que se leva para um almoço, o projeto
passou sem emendas e sem debate aprofundado.
Votaram a favor da medida
todos os 14 integrantes da base aliada: Johny Albino, Luizinho Roldão, Matheus
Martins, Juca Viana, Luzia da Saúde, Professor Márcio, Fabiana Zoobi, Leleu
Andrade, Darliane de Natálicio, Nelma Carvalho, Marcos de Zaqueu, Alcindo
Correia, Erivan Pita e Bruno Taveira. Apenas três vereadores — Fernando da Iza,
Thiago Paes e Ruber Neto — registraram voto contrário, alegando que a medida
fere a moralidade e o interesse público.
A notícia da aprovação gerou
imediata reação popular nas redes sociais, onde a palavra “gastança”
rapidamente se tornou o tom dominante dos comentários. Para muitos, o projeto é
um símbolo de distanciamento entre o poder público e a realidade econômica
enfrentada por milhares de famílias garanhuenses.
Agora, resta saber se o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vai intervir para questionar a legalidade e a moralidade dessa lei, que para boa parte da população soa como um verdadeiro banquete às custas do contribuinte.


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