Em um vídeo divulgado nas
redes sociais, Temer qualificou a taxação como “despropositada” e
classificou a revogação dos vistos como “lamentável, injustificável e
inadmissível”, destacando a necessidade de uma resposta equilibrada por
parte do governo brasileiro.
Sem mencionar diretamente os
nomes dos presidentes Joe Biden ou Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente
adotou um tom conciliador e defendeu que, mesmo diante de ações duras por parte
dos Estados Unidos, o caminho mais eficaz é o do diálogo institucional.
“São inadequações que
não se resolvem com bravatas, ameaças ou agressões. Resolvem-se pelo diálogo
que se faz entre nações, especialmente entre nações parceiras”, disse.
Temer, que já atuou como
interlocutor em momentos de tensão institucional e diplomática, pontuou que
qualquer tentativa de enfrentamento público tende a acirrar ânimos, propondo
que o Brasil se conduza com “bom senso e cálculo estratégico”.
O ex-presidente também
advertiu para os riscos de uma escalada no conflito diplomático, que pode
comprometer a imagem do Brasil e afetar diretamente setores produtivos, como o
agronegócio, especialmente em um momento de recuperação econômica global.
“Devemos agir e
reagir como uma nação livre e soberana que somos, sem excessos de ambas as
partes e sempre rigorosamente guiados pelos tratados internacionais e pela
nossa Constituição”, completou.
Temer sugeriu que o governo brasileiro
priorize pontes institucionais, como os canais diplomáticos formais, o diálogo
entre parlamentos e até mesmo a aproximação direta entre chefes de Estado —
ainda que difícil, segundo ele, necessária de ser tentada.
A crise diplomática se
intensificou após os EUA anunciarem, na semana passada, tarifas de 50% sobre
produtos brasileiros, alegando práticas comerciais desleais. Na esteira da
decisão, também foi anunciada a revogação dos vistos diplomáticos de alguns
ministros do STF, medida que gerou forte reação no meio jurídico e político
brasileiro.
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