quinta-feira, 26 de junho de 2025

Câmara de Olinda rejeita pedido de impeachment contra Mirella Almeida

                 O plenário da Câmara Municipal de Olinda rejeitou, nesta quinta-feira (26), o pedido de admissibilidade do processo de impeachment contra a prefeita Mirella Almeida (PSD) e o vice-prefeito Chiquinho (SD). O requerimento, protocolado pelo advogado e ex-candidato a prefeito Antônio Campos (PRTB), obteve 13 votos contrários, 2 favoráveis e 2 ausências, sendo arquivado em plenário.

O pedido de impeachment se baseava em alegada violação à Lei de Acesso à Informação, ausência de prestação de contas da transição de governo e dos gastos do Carnaval 2025, além do descumprimento do pagamento de emendas impositivas. Apesar do conteúdo do pedido, a base governista reagiu de forma unificada e articulada, impedindo que a matéria avançasse.

Antes da votação, os vereadores participaram de uma reunião com uma representante do Executivo Municipal, enviada para sinalizar disposição ao diálogo, o que foi visto por muitos como um gesto estratégico.

Para o vereador Jesuíno Araújo (PSD), a prefeitura tem respondido gradualmente aos pedidos. “Já são mais de 20 solicitações feitas por 17 vereadores. Acredito que a gestão ainda tem margem para se ajustar e dar conta das cobranças”, afirmou.

O experiente Biai (Avante), com nove mandatos, também votou contra e classificou o pedido como frágil e precipitado. “Processo de impeachment precisa de base jurídica sólida e força política, e isso faltou. Não me arrependo do meu voto.”

Na contramão, a vereadora Eugênia Lima (PT), líder da oposição, foi uma das duas parlamentares a favor da admissibilidade. “Era uma chance para a prefeita se explicar. Nosso papel é fiscalizar. Se isso não acontece, a Câmara perde sua função.”

O presidente da Casa, Saulo Holanda (MDB), destacou que o início da sessão foi adiado para garantir a presença de todos e reforçou que a reunião com a equipe da prefeitura não teve influência na votação, servindo apenas para manter canais de diálogo abertos.

Em entrevista, a gestora avaliou que foi mais um episódio de violência política de gênero, como os que vêm sofrendo desde a campanha eleitoral.

“É isso desde a campanha. É muito triste que a política ainda tenha episódios como esse. Eu acredito muito na força e no poder da democracia e eu fui eleita pelo povo. Estou aqui porque as pessoas acreditaram em mim e depositaram o voto de confiança em mim. E aqui nós estamos trabalhando seriamente, honestamente, todos os dias para entregar mais e melhor para a população de Olinda”, afirmou.

Com o arquivamento do pedido, a prefeita Mirella Almeida ganha fôlego político para seguir à frente da gestão, mas continua sob vigilância da oposição e da opinião pública, diante das cobranças por maior transparência e cumprimento das obrigações administrativas. 

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