sexta-feira, 20 de junho de 2025

Alepe entra em ritmo de recesso com pauta travada e pressão por empréstimo bilionário

            Apesar de o recesso parlamentar só começar oficialmente no dia 30 de junho, os discursos na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta semana já sinalizaram o encerramento das atividades do semestre. Porém, o clima de despedida convive com um impasse político-administrativo de grandes proporções: o trancamento da pauta e a possibilidade de uma convocação extraordinária para discutir o polêmico pedido de empréstimo de R$ 1,5 bilhão feito pelo governo Raquel Lyra (PSDB).

O projeto de autorização do empréstimo, que completa 91 dias parado, é apontado como essencial para garantir investimentos em infraestrutura e custeio da máquina pública, mas enfrenta resistência entre parlamentares da base e da oposição. A governadora se reúne hoje com a líder do governo na Alepe, deputada Socorro Pimentel (UB), para definir se fará uma convocação extraordinária durante o recesso para deliberar sobre o tema.

Apesar da paralisação parcial da pauta, os últimos dias foram de importantes avanços legislativos. A Assembleia aprovou projetos estratégicos como o reajuste de 6,27% no piso dos professores da rede estadual, a criação de cinco novos batalhões da Polícia Militar, a liberação de crédito suplementar de R$ 100,5 milhões para as festividades de São João em 100 municípios e a indicação do novo presidente da Adagro, Moshe Dayan.

Segundo relatório da própria Alepe, o primeiro semestre de 2025 contabiliza 99 proposições aprovadas, entre leis, resoluções e emendas constitucionais. No período, foram realizadas 105 reuniões parlamentares e apresentados 590 projetos oriundos de diversos poderes e instituições, demonstrando que, apesar das tensões políticas, a produção legislativa não parou.

O recesso, entretanto, promete não ser absoluto. Caso a convocação extraordinária se confirme, os deputados deverão retornar ao plenário antes do previsto para votar o projeto que pode destravar a máquina financeira do governo do Estado. O segundo semestre da Alepe já começa com um desafio político de alto risco para a governadora Raquel Lyra. Com informações da Folhape / Foto: Roberto Soares/Alepe

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