Sem avanços ou confissões
cruzadas, a sessão foi marcada pela repetição dos depoimentos anteriores. Mauro
Cid reafirmou que Braga Netto participou de uma reunião, em sua própria casa,
com os coronéis Rafael Oliveira e Ferreira Lima. Segundo Cid, ali se discutia
criar um ambiente de “instabilidade” no país, supostamente para justificar uma
ação excepcional por parte do então presidente Jair Bolsonaro.
Ainda de acordo com Cid,
Braga Netto teria lhe entregue uma quantia em dinheiro vivo — sem valor
especificado — dentro de uma caixa de vinho. A frase atribuída ao general teria
sido: “Era o dinheiro que havia me pedido.”
Braga Netto, por sua vez,
negou categoricamente. Em sua fala, afirmou que Mauro Cid mentia e disse que
jamais tratou de ações golpistas ou repassou valores. Seu advogado, José Luis
de Oliveira Lima, reforçou a acusação de mentira contra Cid, afirmando que ele
“mente, mente muito” e que teria “abaixado a cabeça” ao ser confrontado.
Durante a acareação, Cid
também afirmou que os chamados “kids pretos” — nome informal dado a um grupo de
militares jovens envolvidos nas investigações — pediram dinheiro para supostamente
executar parte do plano golpista. Diante disso, Cid teria sido orientado por
Braga Netto a procurar o tesoureiro do PL, partido de Bolsonaro.
A acareação termina sem consenso, mas amplia os indícios da complexidade da suposta trama golpista, colocando frente a frente dois dos personagens centrais da narrativa de bastidores do poder após a derrota eleitoral do ex-presidente. Leia a matéria completa no site do Metrópole
Nenhum comentário:
Postar um comentário