Segundo Lula, a investigação
conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União exige
profundidade e uso de inteligência, e não espetacularização. “Se tivesse feito
um carnaval um ano atrás, teria parado no carnaval”, afirmou. Ele garantiu que
o governo optou por desmontar a quadrilha de forma definitiva, sem pressa, mas
com resultados consistentes. “É uma quadrilha criada em 2019, e todos sabem
quem governava o Brasil naquele ano”, disse, numa referência indireta a
Bolsonaro.
O escândalo, investigado na
Operação Sem Desconto, provocou crise política no governo: levou à saída do
ministro da Previdência Carlos Lupi e à debandada do PDT da base governista. A
oposição tem explorado amplamente o caso nas redes sociais, cobrando agilidade
na reparação aos aposentados afetados.
Lula também ressaltou que,
ao contrário de outras fraudes, os prejuízos não recaíram sobre os cofres
públicos, mas diretamente sobre os beneficiários da Previdência. “Esses
recursos vieram dos salários dos aposentados, do povo pobre que ganha um
salário mínimo”, enfatizou.
Apesar de os primeiros sinais do esquema terem surgido em 2018, durante o governo Bolsonaro, o número de casos explodiu a partir de 2023, já no atual governo. Um dos fatores apontados é uma medida assinada por Bolsonaro em 2022, que afrouxou o controle sobre descontos automáticos em benefícios previdenciários.
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