A decisão foi tomada na
última segunda-feira (19) pela juíza Catarina Vila-Nova Alves de Lima, da 1ª
Vara de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Tribunal
de Justiça de Pernambuco (TJPE). A magistrada ordenou que a Interpol seja
oficialmente comunicada do mandado de prisão com urgência, para que sejam
tomadas as medidas cabíveis de cooperação internacional.
“Considerando a notícia de
que o acusado se encontra fora do país, oficie-se a Interpol acerca do mandado
de prisão expedido para adoção das providências cabíveis. Cumpra-se com
urgência”, determinou a juíza no despacho.
O caso veio a público na
semana passada após reportagem do Diario de Pernambuco, revelando detalhes da
investigação e da denúncia aceita pelo TJPE. O Ministério Público de Pernambuco
(MPPE) ofereceu a denúncia em abril deste ano, apontando que Saulo teria agredido
fisicamente uma ex-companheira e usado o nome dela para contrair dívidas
milionárias, configurando também crime de estelionato.
A vítima relatou que, além
das agressões, foi induzida a assinar documentos e fornecer dados bancários que
teriam sido usados para a obtenção de empréstimos fraudulentos e negócios
irregulares vinculados à empresa de eventos de Saulo. Ele é dono de uma
produtora conhecida por realizar grandes festas e shows no estado.
Apesar das acusações, o
empresário nega os crimes e afirma ser inocente. No entanto, não se apresentou
à Justiça desde o início da investigação, o que levou à decretação de prisão
preventiva.
Com informações de que Saulo teria deixado o Brasil logo após ser informado da investigação, o TJPE decidiu incluir o nome do empresário na lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), o que pode levar à emissão de alerta vermelho — mecanismo utilizado para localizar e deter fugitivos internacionais.
A inclusão na lista
internacional amplia significativamente as chances de prisão, permitindo que
ele seja detido por autoridades norte-americanas e extraditado ao Brasil para
responder aos crimes.
Agora, a Justiça
pernambucana aguarda o retorno das autoridades internacionais para dar
continuidade ao processo judicial. O caso é acompanhado por organizações de
defesa dos direitos das mulheres, que cobram celeridade e rigor na apuração e
responsabilização dos crimes.
A denúncia aceita, somada à
ordem de prisão e à cooperação internacional, coloca o caso como mais um
exemplo emblemático do enfrentamento à violência doméstica e aos crimes de
colarinho branco em Pernambuco.
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